Micro e pequenas empresas receberam 40% dos R$ 69,4 bi liberados pelo BNDES de janeiro a julho

06/09/2011 - 19h55

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O segmento das micro, pequenas e médias empresas concentrou 40% dos R$ 69,4 bilhões liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no acumulado janeiro a julho deste ano. Isso representou R$ 27,6 bilhões, distribuídos em 437 mil operações, que corresponderam a 94% do total de transações feitas pelo BNDES.

“Foi uma estratégia acertada do banco, não só em relação ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI) [do governo federal], mas também muito em relação ao Cartão BNDES (usado para compras pelo portal eletrônico do banco), que é um programa direcionado às empresas de menor porte”, disse hoje (6) o chefe do Departamento de Orçamento da Área de Planejamento do BNDES, Gabriel Visconti.

Segundo ele, isso tem um reflexo imediato nos resultados do banco. “Desde o início do ano, as micro, pequenas e médias empresas apresentam uma participação crescente nos desembolsos globais do BNDES e essa participação vem se mantendo”.

De acordo com o BNDES, as liberações para as micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 23,2 bilhões no primeiro semestre de 2011, representando 42% do total. Em 2010, a participação foi 32% e, em 2009, 22%.

O boletim de desempenho divulgado pelo BNDES mostra ainda que, embora a Região Sudeste tenha concentrado a maior parte dos desembolsos do banco no período (49%), com R$ 33,8 bilhões, as regiões Norte e Nordeste já participam com 20% do total.

Do volume liberado pelo banco nos sete primeiros meses de 2011, cerca de R$ 15,7 bilhões se destinaram à Região Sul, R$ 8,61 bilhões, ao Nordeste, R$ 5,24 bilhões, ao Norte e R$ 5,84 bilhões, ao Centro-Oeste.

Ainda de acordo com o boletim, em termos de desembolso social, os recursos somaram R$ 3,18 bilhões, sendo R$ 944 milhões destinados à área de saneamento ambiental e R$ 839 milhões para projetos de desenvolvimento urbano. Visconti enfatizou que os recursos se destinaram principalmente a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A área de desenvolvivmento rural recebeu R$ 701 milhões e a de saúde, R$ 224 milhões.

Edição: João Carlos Rodrigues