Sudeste é a região com maior número de empresas de alto custo

31/08/2011 - 11h49

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Sudeste concentra o maior número de empresas de alto crescimento do país, ou seja, aquelas que apresentaram expansão média do pessoal ocupado acima de 20% ao ano, durante um triênio, e tinham pelo menos dez pessoas assalariadas no ano inicial de observação. Mais da metade (53,6%) dos 371,6 mil estabelecimentos desse tipo existentes em 2008 estavam localizados nessa região. Em seguida, aparece o Sul, com 19,6% do total.

De acordo com o estudo Estatísticas do Empreendedorismo 2008, divulgado hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Região Sudeste também lidera o ranking contratação, respondendo por 56,1% do total. Nesse caso, a Nordeste aparece em segundo lugar (com 16,4%), seguida da Sul (com 16,2%).

Embora a Região Norte apresente o menor nível de geração de empregos pelas empresas de alto crescimento, apenas 5%, é nela que os postos gerados por esses negócios têm maior peso no mercado de trabalho local. Segundo o estudo, um em cada cinco trabalhadores assalariados nessa região trabalha em uma empresa considerada de alto crescimento.

Com percentual próximo aos 19,9% da Norte, a Região Nordeste tem 18,4% de todos os assalariados ocupando um posto nesse tipo de empreendimento.

De acordo com o técnico do IBGE Cristiano Santos, responsável pelo levantamento, “esse é um indicativo claro de que essas regiões têm um crescimento mais rápido do ponto de vista de atividade empreendedora do que outras regiões do país”.

Entre os estados, é no Maranhão que os postos de trabalho gerados pelas empresas de alto crescimento têm maior peso. Eles representam 25,3% das ocupações dos trabalhadores maranhenses. Em seguida, vem Roraima, onde o percentual é 22,7%.

Em termos setoriais, o estudo revela que as empresas de alto crescimento representam 15,9% de todos os estabelecimentos do ramo da construção civil. Essa taxa é bem superior à média para o conjunto de empresas no país. Nesse caso, as de alto crescimento correspondem a 8,3% do total.

Edição: Talita Cavalcante