Rodovias ficam com a maior parte dos recursos orçamentários de infraestrutura

31/08/2011 - 18h15

Sabrina Craide, Wellton Máximo e Luciene Cruz
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Dos R$ 23,7 bilhões previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2012 para o setor de transportes, entre despesas obrigatórias e discricionárias, R$ 12,3 bilhões serão alocados no transporte rodoviário, com prioridade para manutenção das estradas, que envolve serviços de recuperação, restauração, conservação e sinalização. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Ministério do Planejamento.

Serão destinados R$ 6,8 bilhões para obras de adequação e construção de trechos rodoviários, como a duplicação da BR-101 nas regiões Nordeste e Sul; construção do trecho norte do Rodoanel de São Paulo; e serviços no trecho goiano da BR-060, na BR-163 (Mato Grosso e Pará), na BR-319 (Amazonas) e nas BR-392 e BR-448, no Rio Grande do Sul.

A proposta de Orçamento também prevê a destinação de R$ 2,8 bilhões para o setor ferroviário, que inclui a investimentos no trem de alta velocidade (TAV), também chamado trem-bala, que vai ligar o Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas, além da expansão e da eliminação de gargalos da malha ferroviária.

Para o setor hidroviário, serão destinados R$ 1,4 bilhão, com destaque para a construção de terminais fluviais na Região Norte. Para o transporte aéreo, estão previstos R$ 131,1 milhões.

Do total de R$ 1,3 bilhão que o Ministério das Comunicações deve receber ano que vem, R$ 353,3 milhões serão destinados à Telebras, para a compra de um satélite de comunicações e duas estações em terra, além de cabos oceânicos para interconexão com outros países. O objetivo é dar continuidade à implantação da infraestrutura da Rede Nacional de Banda Larga.

Também serão alocados R$ 104,8 milhões na área de telecomunicações, sendo R$ 99 milhões em programas de inclusão digital, como o Projeto Cidades Digitais, e na ampliação e manutenção da conexão à internet de banda larga.

O Orçamento proposto destina R$ 1,1 bilhão à área de energia, sendo R$ 253,9 milhões para o setor de hidrocarbonetos. Na energia elétrica, serão destinados no próximo ano R$ 33 milhões, com destaque para a elaboração de estudos de viabilidade voltados à expansão da geração hidrelétrica. O serviço de ouvidoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai receber R$ 10,1 milhões.

Edição: Vinicius Doria