Depois de tratamento em Cuba, Chávez volta à Venezuela e promete intensificar embates com a oposição

15/08/2011 - 9h40

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Depois de oito dias em Havana, Cuba, para a segunda etapa da quimioterapia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, regressou ontem (14) à noite para Caracas. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que Chávez retornou com “grande ânimo e força informado sobretudo a respeito do que está acontecendo no país”.

Por meio da rede social Twitter, Chávez cumprimentou os venezuelanos. “Olá,  bons dias pátria amada. Aqui em pleno retorno. Que formosa lua cheia nos recebeu esta meia noite. Continuaremos vivendo, vencendo”, disse.

Na sexta-feira (12), o assessor especial da Presidência da República do Brasil, Marco Aurélio Garcia, que é amigo de Chávez, disse à Agência Brasil que o estado de saúde do venezuelano é "acompanhado com atenção" e que há sinais de recuperação do câncer. Garcia acrescentou ainda que tem se mantido informado sobre o tratamento de Chávez.

Ao chegar, Chávez contou que comemorou o aniversário de 85 anos do amigo Fidel Castro na companhia do presidente de Cuba, Raúl Castro. A emissora estatal de televisão da Venezuela, a VTV, mostrou imagens da chegada de Chávez a Caracas. Ele estava na companhia de uma das filhas e usava uniforme militar.

Nas imagens, Chávez usa uma boina vermelha que tampa parte da sua cabeça, que é mantida raspada, desde que começou o tratamento quimioterápico. Sorridente, ele cumprimentou de maneira eufórica os ministros que o esperavam na base aérea.

Em julho, o presidente venezuelano foi diagnosticado com câncer. Em Cuba, ele retirou um abscesso pélvico. Mas não há detalhes sobre o tipo de câncer que o afeta. O tratamento de Chávez é conduzido por um médico em Havana. As sessões de quimioterapia começaram no final de julho.

Ao desembarcar em Caracas, Chávez avisou que intensificará sua campanha rumo às eleições presidenciais de 2012. Também criticou a oposição e apelou para que a sociedade venezuelana se una a ele na disputa que ele chamou de defesa da revolução.
 

 

*Com informações das agências públicas da Venezuela, AVN, e de Portugal, Lusa   //  Edição: Lílian Beraldo