Demanda de siderúrgicas por gás natural faz consumo industrial aumentar 13% no primeiro semestre

09/08/2011 - 21h17

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A demanda das siderúrgicas por gás natural teve uma alta recorde de 47% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, e fez com que o consumo de gás natural por parte das indústrias aumentasse em 13%.

Isoladamente, o setor siderúrgico demandou 5,7 milhões de metros cúbicos por dia, contra 3,9 milhões de metros cúbicos por dia, registrados nos primeiros seis meses de 2010. Já o consumo industrial total atingiu 28,6 milhões de metros cúbicos diários, de janeiro a junho deste ano, contra 25,3 milhões de metros cúbicos diários registrados no ano passado.

As informações foram dadas pela diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, ao detalhar hoje (9) o Plano de Negócios 2011-2015 da empresa, que prevê investimentos de US$ 224,7 bilhões.

A diretora estima que a estatal feche o ano com sobra de cerca de 10 milhões de metros cúbicos por dia. Para Graça Foster, a oferta, ao longo do ano, deverá ficar em torno dos 106 milhões de metros cúbicos por dia, para uma demanda de aproximadamente 96 milhões de metros cúbicos diários.

Os dados indicam, ainda, que os mercados comercial e residencial registraram elevação no consumo de 8%, na mesma base de comparação. Foram consumidos 1,4 milhão de metros cúbicos por dia no primeiro semestre, ante 1,3 milhão de metros cúbicos diários, no primeiro semestre de 2010.

Como já vinha ocorrendo em outros anos, o consumo automotivo continuou em queda, de 3% entre um período e outro, passando de 5,5 milhões de metros cúbicos por dia em 2010 para 5,3 milhões de metros cúbicos no primeiro semestre deste ano.

A produção de gás natural da Petrobras, no período apurado, ficou em 31,7 milhões de metros cúbicos diários, uma elevação de 24% em relação aos 25,7 milhões de metros cúbicos por dia, produzidos em igual período do ano passado. No primeiro semestre, a empresa importou 26,4 milhões de metros cúbicos, diariamente, da Bolívia – alta de 3%.

Edição: Lana Cristina