Violência explode na área central de Londres e em outras cidades da Inglaterra

09/08/2011 - 0h05

Da BBC Brasil

Brasília - A violência que explodiu hoje (8) pelo terceiro dia em Londres se intensificou durante a madrugada, atingindo áreas no centro da capital britânica, além de outras cidades do país.

Grupos de jovens mascarados destruíram lojas e restaurantes e atearam fogo em carros, pontos de ônibus e até em delegacias de Londres, Birmingham, Liverpool e Manchester.

Incêndios atingiram prédios em vários bairros da capital, inclusive na região central. Autoridades isolaram diversas áreas e retiraram os moradores dos locais mais ameaçados pelo fogo.

De acordo com a Polícia Metropolitana de Londres (conhecida como Scotland Yard), 225 pessoas já foram presas em Londres, sendo que 36 foram acusadas formalmente.

No início da noite, os distúrbios se concentravam em bairros mais afastados, como Hackney (norte), Peckham e Lewisham (sul). Durante a madrugada, no entanto, a violência chegou a locais mais centrais, como Notting Hill, Clapham, Ealing, Camden e Hampstead.

De acordo com a polícia, foram registrados saques e incêndios nos bairros londrinos de Hackney, Newham, Lewisham, Bethnal Green e Croydon.

Segundo a Scotland Yard, três policiais foram feridos em Hackney e dois em Bethnal Green, mas não há informações sobre manifestantes feridos.

Na cidade de Waltham Abbey, a leste de Londres, um centro de distribuição da Sony foi tomado pelas chamas, que atingiram vários metros de altura. Distúrbios também foram registrados em Bristol, no Sudoeste da Inglaterra, e em Leeds, na Região Norte.

"A violência que nós temos visto é simplesmente indesculpável", disse a comandante da Scotland Yard, Christine Jones. "Pessoas comuns tiveram suas vidas viradas de cabeça para baixo devido a esta brutalidade impensada."

A ministra do Interior britânica, Theresa May, condenou os distúrbios, chamando-os de "pura criminalidade", e disse que os responsáveis devem "encarar as consequências de suas ações".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o prefeito de Londres, Boris Johnson, resolveram encurtar as suas férias e viajar e voltar rapidamente para o país. Cameron anunciou que vai realizar uma reunião de emergência para avaliar os episódios dos últimos dias.