Comissão Europeia elogia iniciativas das grandes economias em tentar conter avanço da crise

08/08/2011 - 11h33

Da Agência Lusa

Brasília - A Comissão Europeia (CE) considerou hoje (8) positivas as reações dos integrantes dos grupos G7 (países mais desenvolvidos do mundo) e G20 (que reúne as maiores economias mundiais) e do Banco Central Europeu. As medidas foram anunciadas na tentativa de conter o avanço da crise financeira global. O porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, elogiou as iniciativas dos dirigentes.

"No nosso entender, todas declarações durante o fim de semana pelo G7, G20, e diversos Estados que integram o Banco Central Europeu vão, no bom sentido, ao encontro do defendido [pela União Europeia]”, disse Bailly. “[Essas iniciativas] enviam uma forte mensagem de confiança aos mercados e aos atores principais."

O G7 (formado por União Europeia, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Japão) reforçou o compromisso de cooperação para assegurar a estabilidade dos mercados financeiros. De forma semelhante se comprometeu o G20.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, avaliaram como essencial a aplicação de forma rápida e completa das medidas anunciadas pelos governos da Itália e Espanha. Ambos disseram acreditar que os acordos firmados pelos líderes europeus, em 21 de julho, serão ratificados até o final de setembro.

No mês passado, em Bruxelas, os líderes europeus definiram os detalhes do segundo resgate à Grécia e concordaram em reforçar os poderes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira no sentido de recapitalizar os bancos e comprar títulos de dívida soberana no mercado secundário.

O governo da Espanha anunciou que irá aprovar este mês mais medidas para cumprir o objetivo do déficit. A ideia é implementar ainda este ano pagamentos por conta para as grandes empresas e flexibilizar a contratação a tempo parcial. O plano prevê também estabelecer um teto para os gastos das regiões espanholas até setembro.

A Itália, por sua vez, anunciou o objetivo de antecipar para 2013 a meta de equilíbrio orçamentário. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, programou uma reforma trabalhista e quer também acelerar as discussões sobre a reforma fiscal.