Produtos básicos respondem por 40% do aumento das exportações em julho

01/08/2011 - 18h50

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O superávit da balança coermcial de US$ 3,135 bilhões, registrado no mês de julho, foi puxado pelo aumento de 40,6% das exportações de produtos básicos na comparação com o desempenho do mesmo mês do ano passado. Os embarques externos somaram US$ 10,678 bilhões. Já os produtos semimanufaturados apresentaram crescimento de 35,4% nas vendas externas, rendendo ao país US$ 3,322 bilhões no mês. E os produtos manufaturados subiram 19,5%, com exportações de US$ 7,793 bilhões.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, destacou o aumento dos manufaturados em julho, classificando o desempenho do grupo de “expressivo”. “Apesar dos básicos estarem crescendo em um ritmo muito acelerado, é muito expressivo [o crescimento dos] os itens manufaturados”, avaliou.

No grupo dos básicos, o destaque foi para minério de ferro (38¨%) somando US$ 3,7 bilhões em exportações. Também houve crescimento das vendas externas de petróleo em bruto (198,1%), minério de cobre (145,4%) e do café em grão (42,1%). O resultado das exportações dos três produtos, respectivamente, foi US$ 3,7 bilhões, US$ 2 bilhões e US$ 178 milhões.

Entre os manufaturados, as exportações de maior destaque foram a de óxidos e hidróxidos de alumínio, com crescimento de 169,6%; polímeros plásticos (+86,9%); e óleos combustíveis (+85,2%). Os embarques externos desses produtos somaram, respectivamente, US$ 314 milhões, US$ 239 milhões e US$ 327 milhões.

No caso dos semimanufaturados, a colaboração no aumento da balança comercial se deu, principalmente, pelo crescimento das vendas externas de ferro e aço, que ficou em 115,4% no mês passado na comparação com julho de 2010, somando US$ 438 milhões. Também houve aumento nas exportações de alumínio em bruto (103,9%), somando US$ 146 milhões, e açúcar em bruto (58,5%), que registrou US$ 1,3 bilhão.

Nas importações, houve aumento de bens de consumo (36,8%), matérias-primas e intermediários (26%), combustíveis e lubrificantes (16,9%) e bens de capital (10%). No caso de bens de consumo, houve destaque nas compras internas de vestuário, automóveis, produtos alimentícios. Já   no segmento de matérias-primas e intermediários, aumentaram as importações de insumos para agricultura, produtos minerais e acessórios de equipamentos de transporte. Com relação a combustíveis e lubrificantes, o acréscimo das compras de produtos estrangeiros pode ser atribuído ao aumento de preço e quantidades trazidas de óleos combustíveis, carvão e nafta.


Edição: Lana Cristina