Parentes e amigos de mortos e desaparecidos no Rio fazem manifestação em Copacabana

31/07/2011 - 18h46

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A orla de Copacabana foi o local escolhido por centenas de manifestantes para protestar contra o assassinato de 30 mil pessoas desde 2007 e o desaparecimento de 20 mil no Rio de Janeiro. Com roupas pretas e máscaras com rostos de desaparecidos e vítimas da violência, o grupo fez uma marcha do início ao fim do calçadão e fincou 3 mil rosas com fitas pretas, em sinal de luto pelas vítimas de homicídios, além de uma cruz de 4 metros de altura.

A finalidade também foi chamar a atenção para a ineficiência da polícia e a morosidade da Justiça. Segundo o presidente da organização, Antônio Carlos Costa, da Organização não governamental Rio de Paz, a elucidação desses crimes não passa de 8%. “É ridículo que 92% dos homicidas não sejam punidos. E essa impunidade incentiva a violência. Foram cerca de 800 pessoas que vieram aqui demonstrar sua indignação.”

Uma das reivindicações do grupo é o julgamento e a punição dos assassinos do menino Juan, de 11 anos, morto por policiais militares na Baixada Fluminense, há mais de um mês. O corpo do menino apareceu em um rio.

Entre os parentes de vítimas da violência estavam os da engenheira Patrícia Franco, que desapareceu em junho de 2008 e do menino de 5 anos João Roberto morto por policiais também em 2008.

Edição: Talita Cavalcante