Academia Brasileira de Letras e Ibram firmam acordo para difundir acervos

14/07/2011 - 12h01

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Para garantir uma preservação mais eficiente e ampliar a difusão de acervos documentais e bibliográficos da Academia Brasileira de Letras (ABL), um acordo de cooperação técnica será firmado na tarde de hoje (14), no Rio de Janeiro, entre a instituição e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura.

De acordo com o presidente do Ibram, José Nascimento Junior, por meio da parceria será formada uma comissão composta por técnicos do instituto que orientarão as equipes da ABL e seus acadêmicos sobre o tratamento adequado que deve ser dado às obras e a divulgação de suas coleções. Ele destacou que a assessoria faz parte da missão do Ibram de apoiar entidades que produzem suporte à memória do país.

“Vamos estabelecer uma agenda de trabalho comum e há até a possibilidade de criarmos um manual para que os acadêmicos saibam, enquanto estão produzindo seus arquivos, suas bibliotecas e seus documentos, como fazer isso [preservar] da melhor maneira possível e possam dar um bom tratamento e uma boa destinação a esse material”, afirmou.

O objetivo, segundo ele, é contribuir para melhorar o acesso da população a esses acervos, “na medida em que se avance na difusão dessa memória, produzida por pessoas que têm tanta relevância, que são os acadêmicos da ABL”.

O acordo também prevê a ampliação de esforços para identificar coleções pessoais de interesse à memória da literatura brasileira. Por sua vez, a ABL ficará responsável por ofertar fontes e bases de dados sobre a história da literatura nacional e fornecer dados sobre as coleções pessoais que estão sob sua guarda ao Ibram, que definirá ações para divulgá-las à população.

Nascimento Junior ressaltou, ainda, que a difusão desses acervos ao cidadão comum reforça o conceito de direito à memória e ajuda a manter as produções para conhecimento das futuras gerações.

“Só preserva quem conhece, por isso quanto mais a população conhecer esses acervos, melhor será a preservação para as próximas gerações”, acrescentou.

A Academia Brasileira de Letras é composta por 40 membros efetivos e perpétuos e tem como missão o cultivo da língua e da literatura nacional. Seu arquivo é formado por grande variedade de documentos textuais e iconográficos, como correspondências, discursos, originais de obras literárias, fotografias e periódicos. Além disso, conta com o arquivo dos acadêmicos, que inclui documentação pessoal dos membros efetivos, patronos e sócios correspondentes. Entre os imortais da ABL estão Machado de Assis, Rui Barbosa e Olavo Bilac.
 

 

Edição: Rivadavia Severo