Cineastas elogiam editais para produções conjuntas com Portugal e Uruguai

12/07/2011 - 20h50

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O cineasta Luiz Carlos Barreto, considerado um dos grandes nomes do cinema nacional, elogiou hoje (12), em entrevista à Agência Brasil, os editais lançados ontem (11) pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) para estimular coproduções com o Uruguai e Portugal. A Ancine apoiará a produção de quatro longas-metragens de ficção, documentário ou animação feitos por profissionais dos três países com recursos de US$ 500 mil.

“Qualquer acordo de coprodução é sempre uma coisa auspiciosa, porque alarga o espectro de possibilidades de financiamento e de parcerias. Qualquer iniciativa de produção é interessante, porque alarga as possibilidades de captação de recursos”, disse Barreto.

O acordo Brasil-Portugal deriva do Protocolo Luso-Brasileiro de Coprodução Cinematográfica, celebrado em 2007 entre o Instituto do Cinema e do Audiovisual, de Portugal, e a Ancine. Estão previstas duas coproduções minoritárias brasileiras, que receberão cada uma o equivalente a US$ 150 mil. As inscrições estarão abertas até o próximo dia 28 de agosto, informou a Ancine.

Já o acordo Brasil-Uruguai é fruto do Protocolo de Cooperação firmado no ano passado entre o Instituto do Cinema e do Audiovisual do Uruguai e a Ancine. Ele abrange a realização de uma coprodução minoritária brasileira, com recursos correspondentes a US$ 150 mil, além de uma coprodução minoritária uruguaia. Nesse caso, a seleção será efetuada pelo instituto uruguaio e se destinará a projeto apresentado por uma produtora local.

Segundo a Ancine, a empresa coprodutora majoritária brasileira desse projeto receberá US$ 50 mil da Ancine. As inscrições ficarão abertas até o dia 9 de setembro.

O vice-presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (Siaesp), cineasta André Sturm, também elogiou o lançamento dos editais pela Ancine, salientando que eles fortalecem o cinema brasileiro. “É excelente. É uma iniciativa que merece todo o apoio”.

Acrescentou que “nosso cinema, cada vez mais, precisa expandir suas fronteiras, buscar coprodução, porque um filme que é coproduzido já nasce com duas certidões de nascimento. E isso amplia a sua possibilidade de circulação no mundo”.

Do mesmo modo, a produtora cinematográfica Mariza Leão avaliou que o lançamento dos editais “é extremamente benéfico para o cinema brasileiro, pois amplia a possibilidade de co-produções internacionais. Acredito que esse tipo de iniciativa só valoriza o cinema brasileiro”.


 

Edição: Rivadavia Severo