Faperj está apoiando projetos de inovação em todos os municípios fluminenses

30/06/2011 - 18h23

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) está comemorando, este ano, o apoio a projetos inovadores nos 92 municípios fluminenses. Até 2006, a entidade tinha projetos sendo apoiados em apenas 12 cidades do estado, em instituições de ensino e pesquisa sediadas na capital e na região metropolitana.

A expansão para investir em ciência e, também, em tecnologia foi resultado de um processo que começou em 2008, quando o governo criou, com apoio da Assembleia Legislativa (Alerj), a Lei de Inovação do estado, disse hoje (30) à Agência Brasil o chefe de gabinete da Faperj, Roberto Dória. ”Isso permitiu à Faperj poder apoiar diretamente micro e pequenas empresas”. Os programas de fomento da fundação são realizados sob a forma de editais e divulgados em parceria com o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-RJ) e com a Federação das Indústrias do Estado (Firjan).

“Com isso, hoje, a Faperj tem projetos apoiados em todos os municípios do Rio de Janeiro, em micro e pequenas empresas e em instituições de ensino e pesquisa”. Dória explicou que não existe qualquer tipo de restrição a setores para apoio da entidade. A única orientação é que ele deve ser relacionado a reais necessidades ou interesses do estado do Rio de Janeiro. Há projetos apoiados, por exemplo, nas áreas de educação e saúde e, também em produção agrícola, energia e pecuária.

Nos últimos quatro anos, compreendidos entre 2007 e 2011, a Faperj investiu R$ 1,1 bilhão nas áreas de ciência, tecnologia e inovação no estado do Rio. “É quase quatro vezes maior do que no quadriênio anterior”, disse o chefe de gabinete. “Isso é só o começo”. Todo o orçamento da Faperj é aplicado em projetos voltados para a academia (para bolsas de pós-graduação, mestrado e doutorado); para laboratórios de pesquisas de empresas e de instituições acadêmicas; e para empresas.

Este ano, a expectativa é que o orçamento previsto de R$ 350 milhões alcance, até o fim do ano, cerca de R$ 380 milhões ou R$ 390 milhões, segundo Dória. No ano passado, o orçamento inicial era R$ 290 milhões e evoluiu para R$ 350 milhões. Pela Constituição, 2% da arrecadação tributária líquida do estado devem ser repassados à Faperj. Ele declarou, porém, que isso só passou a ser feito de forma rigorosa a partir de junho de 2007.

A Faperj tem como metas, este ano, consolidar o apoio a projetos de inovação em todo o estado e “tornar mais público e perceptível para o potencial cliente da Faperj, que ele possa inscrever um projeto porque, se for aprovado, será pago”. Dória informou que alguns projetos, inclusive, já recolheram de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) mais do que o valor de fomento recebido.

“O desejo é crescer o número de projetos e consolidar o apoio dado às micro e pequenas empresas”, disse. Outros objetivos são recuperar o parque científico e tecnológico das instituições do estado, visando a alargar a fronteira do conhecimento, e ampliar de forma mais agressiva a inserção dos produtos no mercado.

Cerca de 300 projetos apoiados pela Faperj estão sendo mostrados gratuitamente ao público na 2ª Feira Faperj Ciência, Tecnologia e Inovação, que será encerrada hoje (30), no Centro Cultural da Ação da Cidadania, próximo ao cais do Porto do Rio de Janeiro. Eles abrangem diversas áreas do conhecimento, envolvendo desde um carro blindado, construído pelo Centro de Tecnologia do Exército, até o melhoramento genético de frutas, desenvolvimento de fármacos, projetos de direção defensiva e projetos direcionados à educação.

 

Edição: Aécio Amado