Polícia ainda não sabe destino de menino que viu ação de PMs em comunidade da Baixada Fluminense

26/06/2011 - 17h13

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Polícia Civil fluminense deve receber, amanhã (27), os dados do GPS da viatura da Polícia Militar (PM) que participou do confronto com um suposto traficante na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Na ocasião, menino de 11 anos idade, que testemunhou o confronto, desapareceu. Os dados do GPS são importantes para comparar com os depoimentos dos policiais militares.

No último dia 20, Juan foi baleado junto com o irmão, Wesley, de 14 anos de idade, durante operação dos policiais militares na comunidade e, desde então, não foi mais visto. Ontem (25), Wesley, que está hospitalizado sob proteção da Polícia Civil, prestou depoimento ao responsável pelo inquérito aberto na 56ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso.

Durante o dia, os agentes também acompanharam os parentes dos meninos em hospitais e no Instituto Médico-Legal (IML), na tentativa de encontrar Juan.

Os policiais militares que participaram da operação foram afastados e uma sindicância interna apura o ocorrido. À Polícia Civil, eles disseram que não viram Juan, somente o irmão Wesley, que, sem conseguir se proteger dos tiros, foi atingido no ombro e na perna.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pela deputado Marcelo Freixo (P-SOL), acompanha as investigações.

 

Edição: Aécio Amado