Depois de ação de hackers, IBGE tira site do ar para manutenção

24/06/2011 - 13h23

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro  - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje (24), por meio de nota, que retirou o seu site do ar para manutenção e reforço da segurança. A página foi invadida por hackers, às 4h da madrugada.

O instituto garante, no entanto, que o “banco de dados de todas as pesquisas está preservado já que não foi atingido pela ação de hackers”.

Além do site do IBGE, páginas virtuais do governo brasileiro, como a da Presidência da República, da Receita Federal e de ministérios, também foram alvo da ação de hackers nos últimos dias.

O especialista em segurança da informação Jorilson Rodrigues não acredita que a série de ataques tenha motivação ideológica. Segundo ele, esses grupos que atuam no Brasil têm o objetivo de ganhar notoriedade.

“Existe um ranking entre os grupos e eles competem entre si. Então, quanto mais sites de governo [eles conseguirem atacar] e mais importantes, mais entendem que estão sendo respeitados no meio deles. Não acredito em motivação política ou ideológica porque não há uma causa por trás, eles querem mesmo é dar publicidade ao grupo”, avaliou.

Segundo ele, essas ações causam prejuízos ao governo e à população porque serviços precisam ser paralisados até que os danos sejam sanados. Além disso, equipes de informática são mobilizadas para restaurar determinados conteúdos que são modificados. O especialista garante, no entanto, que informações sigilosas de governo não costumam estar acessíveis em rede ou pela internet.

“Em geral, esses dados de governo, que são relevantes, são protegidos e não estão nem na rede. Fazer isso não é adequado do ponto de vista da segurança da informação. E isso acontece por questões normativas de governo. É o que chamamos de informação off-line”, informou.

Jorilson Rodrigues explicou que há, no entanto, dados relevantes que precisam ser disponibilizadas em rede para que outros servidores públicos tenham acesso, mediante senha, por exemplo. Nesses casos, segundo ele, a tecnologia utilizada atualmente “é suficiente para dissuadir esse tipo de ataque”, e impedir que esses grupos consigam acessar o conteúdo a que não se deseja dar publicidade.

 

Edição: Lílian Beraldo