IGP-10 tem deflação de 0,22% em junho

17/06/2011 - 9h42

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve deflação de 0,22% em junho. O resultado é inferior ao observado um mês antes, quando foi registrada elevação de 0,55%. No ano, o índice acumula alta de 3,28% e no período de 12 meses, o aumento acumulado chega a 8,78%.

De acordo com os dados divulgados hoje (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a queda no IGP-10 foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). O indicador, responsável por 60% da taxa global, apresentou deflação de 0,69% em junho, depois de registrar alta de 0,23% em maio. Houve decréscimo nas taxas dos alimentos in natura (de 3,82% para -4,47%); e dos bens intermediários (de 0,90% para -0,74%), como materiais e componentes para a manufatura (de 1,19% para -1,16%). Também ficaram mais baratas no período as matérias-primas brutas (de - 0,52% para -0,64%), com destaque para a cana-de-açúcar (de 11,17% para -0,14%), o milho em grão (de 0,50% para -2,45%) e suínos (de 2,96% para -9,33%).

A FGV verificou redução, ainda, no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% do IGP-10 (de 0,98% para 0,10%). Esse movimento foi observado em todas sete classes de despesa componentes do IPC, principalmente em alimentação (de 1,04% para -0,37%) e transportes (de 1,74% para -0,79%). Pesaram menos no bolso do consumidor as hortaliças e os legumes (de 4,75% para -0,86%), as frutas (de -0,56% para -4,71%) e os pescados frescos (de 0,98% para -3,02%). Também ficaram mais baratos a gasolina (de 5,61% para -1,92%) e o álcool combustível (de 3,67% para -14,45%).

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: vestuário (de 1,51% para 0,45%), saúde e cuidados pessoais (de 1,13% para 0,54%), despesas diversas (de 0,73% para 0,17%), educação, leitura e recreação (de 0,36% para 0,30%) e habitação (de 0,68% para 0,66%).

Último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi o único a subir em junho, passando de 1,57% em maio para 2,18%. A alta foi puxada pelo custo da mão de obra (de 2,74% para 3,98%). Houve diminuição nas taxas relativas aos materiais e equipamentos (de 0,45% para 0,42%) e serviços (de 0,52% para 0,45%). O INCC responde por 10% da taxa global.

Para calcular o IGP-10, a FGV coletou preços entre os dias 11 de maio e 10 de junho.

Edição: Juliana Andrade