Cinzas do vulcão fecham aeroportos e prejudicam economia da Argentina

14/06/2011 - 23h54

Monica Yanakiew
Especial para a EBC

Buenos Aires - As cinzas do vulcão chileno Puyehue provocaram transtornos no tráfego aéreo dos países do Cone Sul hoje (14) e estão prejudicando a indústrias de turismo e a agropecuária na região, especialmente na Argentina.

Hoje, os dois principais aeroportos de Buenos Aires - Ezeiza e Jorge Newberry (Aeroparque) - reabriram somente no final da tarde, mas várias empresas aéreas optaram por cancelar seus voos, até a situação metereológica melhorar.

Como os ventos e as informações mudavam a cada hora, muitos passageiros foram até os aeroportos, na esperança de embarcar. Alguns conseguiram, mas a maioria teve que remarcar seus voos. Muitos queixaram-se de falta de atendimento. As informações nos sites das empresas não eram atualizadas e as linhas telefônicas estavam ocupadas. As empresas aéreas e agências de viagens tampouco providenciaram alojamento para passageiros que estão há mais de 30 horas tentando embarcar.

Na Patagônia a situação é mais grave. A cidade de Villa La Angostura, que fica a 45 quilômetros do vulcão amanheceu com o céu escuro. Os moradores da cidade, que vive de turismo, receberam a recomendação de ficar em casa ou de sair com máscaras cirúrgicas e óculos de esqui, para proteger os pulmões e olhos das cinzas.

Além do impacto sobre o turismo, as cinzas prejudicaram a agropecuária. O governo argentino decretou emergência agropecuária e prometeu uma ajuda de 15 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 6 milhões) principalmente aos produtores afetados pela erupção vulcânica. Entre os mais afetados, estão os produtores de ovelhas. Como as cinzas cobriram as pastagens, os rios e os lagos, os animais não têm o que comer, nem beber. As cinzas também estragam a lã das ovelhas.

 

 

Edição: Rivadavia Severo