Governo do Japão anuncia amanhã novo cronograma para estabilização de usina nuclear

16/05/2011 - 9h11

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo do Japão prepara para amanhã (17) o anúncio do novo calendário sobre o controle radioativo da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. A informação foi dada hoje (16) pelo primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, durante audiência pública na Comissão de Orçamento da Câmara. Inicialmente, a previsão era que o trabalho duraria de seis a nove meses.

As informações são da rede estatal de televisão do Japão, a NHK. Os acidentes nucleares no Japão ocorreram logo após o terremoto seguido por tsunami, em 11 de março. Em decorrência dos abalos, a estrutura de alguns dos reatores da usina foi atingida provocando vazamentos e explosões na região. Moradores de municípios ao redor de Fukushima Daiichi foram obrigados a deixar suas casas e até hoje aguardam orientação do governo para retornar.

No mês passado, o comando da Tokyo Electric Power Company (Tepco), que administra a usina, previu um cronograma para a estabilização dos reatores até o primeiro semestre de 2012. Para Kan, é possível manter o calendário inicial de até nove meses para a conclusão dos trabalhos.

O primeiro-ministro afirmou que o governo prepara um calendário próprio referente ao controle radioativo da usina.

Paralelamente, o presidente da Tepco, Masataka Shimizu, confirmou que serão pagas indenizações para as pessoas afetadas pelos vazamentos e explosões nucleares. O pagamento de indenizações inclui moradores e trabalhadores da usina.

Shimizu disse que é “extremamente difícil” para a empresa obter empréstimos e levantar fundos por meio da emissão de bônus corporativos. Diante dos parlamentares, o presidente da empresa apelou para que o Orçamento do Japão inclua um apoio para eventuais indenizações.

O terremoto e o tsunami de março deixaram cerca de 25 mil mortos e desaparecidos no Japão. Desde março, têm ocorrido tremores de terra no país. O Nordeste japonês é a área que mais sofre com os abalos sísmicos.

Edição: Juliana Andrade