Micro e pequenas empresas de São Paulo registram 18ª alta no faturamento mensal

12/05/2011 - 14h46

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília - O faturamento das micro e pequenas empresas do estado de São Paulo aumentou 3,2% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Essa foi a 18ª expansão mensal consecutiva, segundo a pesquisa de conjuntura Indicadores do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP).

A taxa do mês de março indica crescimento mais moderado, já que, em janeiro, o faturamento tinha sido 9% maior do que em janeiro do ano passado e, em fevereiro, 3,4%. Já na comparação entre março e fevereiro deste ano, as empresas tiveram um aumento real na receita de 8,7%.

O melhor desempenho foi constatado em serviços com alta de 11%, seguido pelo comércio com 2,8%. Na indústria houve recuo de 5,5%. A cidade de São Paulo foi a que alcançou o melhor resultado com expansão de 5,5%. Na região do Grande ABC ocorreu queda de 12%. No interior foi verificada alta de 4,6% e na região metropolitana crescimento de 1,9%.

A receita das micro e pequenas empresas paulistas totalizaram R$ 26,2 bilhões – R$ 2,1 bilhões a mais do que o registrado no mês de fevereiro e R$ 815 milhões acima do obtido em março do ano passado.

“Embora o Banco Central projete crescimento mais moderado para a economia brasileira em 2011, os empresários paulistas mantêm relativo otimismo”, diz a nota do Sebreae-SP.

Em consulta feita com 2.716 empresas, 48% dos empresários ouvidos acreditam que irão manter a receita e o nível de atividades nos próximos seis meses. Para 36%, haverá aumento no faturamento nesse mesmo período. Esse resultado é uma amostra de um total de 1,3 milhão de companhias neste segmento no estado.

“A tendência é de que 2011 seja um ano de crescimento para a economia brasileira, mas em um ritmo menor do que o registrado em 2010”, disse por meio de nota o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

As justificativas são as restrições ao crédito como consequência da elevação da taxa básica de juros, a Selic, adotada como controle da inflação.

 

Edição: Lílian Beraldo