Presidente do Incra diz no Senado que sua gestão será técnica

28/04/2011 - 17h02

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em sua primeira visita ao Senado, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lacerda, afirmou hoje (28) que pretende adotar uma gestão mais técnica do que política no comando do órgão. Com um mês à frente do Incra, Lacerda disse que, apesar das indicações para os cargos de direção serem políticas, os escolhidos terão que ter conhecimento técnico das áreas para os quais forem nomeados.

“Nos órgãos públicos, todos os cargos máximos e de direção são ocupados por indicação política. Não dá para se admitir um órgão público que não tenha indicação política. O que precisa é que sejam indicações com qualificação naquilo que vão assumir e é isso que estamos nos propondo a fazer”, disse Lacerda.

Tanto diretores quanto superintendentes, de acordo com ele, terão que entender da questão agrária, "principalmente de regularização fundiária, demarcação de terra e reforma agrária”.

Ele disse que uma de suas metas à frente do órgão é uma reformulação para torná-lo mais eficiente, além de melhorar as condições de trabalho dos servidores. “Vamos fazer um reestudo do Incra, vamos pedir, sim, melhoria salarial”, afirmou.

A ideia, segundo ele, é, pelo menos, equiparar os salários dos servidores do Incra aos pagos aos demais funcionários dos órgãos da administração federal. Lacerda afirmou que, durante os oito anos do governo Lula, houve uma melhora significativa dos salários do órgão, mas que eles ainda estão bem abaixo da média paga pelos demais órgãos federais.

“Um engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura ou do Ibama ganha quase o dobro do que recebe o do Incra. Não que o engenheiro do Incra esteja passando fome, ele tem um salário razoável, compatível com o mercado, mas não dá para ter, no governo federal, uma discrepância dessa”, comparou.

De acordo com Lacerda, a ideia é fazer um plano de recomposição da carreira, no médio e longo prazos, para evitar o aumento de despesas do governo no momento em que se trabalha com cortes orçamentários.

Edição: Lana Cristina