Para ministro da Saúde, país não pode “baixar a guarda” contra a dengue

09/04/2011 - 20h58

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil


São Paulo - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu hoje (9) a continuidade das ações públicas de controle da dengue, afirmando que elas devem ser mantidas ao longo de todo ano. Apesar de, na média, a doença ter regredido no país, o ministro alerta que não se deve “baixar a guarda”. Ele informou que no primeiro trimestre, com as campanhas iniciadas em janeiro, o número de casos graves foi reduzido em 69%; o de mortes (62%) e no total (43%).

Quanto ao levantamento feito no Rio de Janeiro sobre a infestação do mosquito Aedes aegipyti,o ministro revelou que 91% dos focos estão dentro das casas ou nos quintais das pessoas. “É decisivo para reduzir essas infestação que haja a mobilização permanente das ações com a população do Rio de Janeiro que o Estado e o município vêm fazendo”.

Padilha participou de solenidade realizada no início da noite de hoje (9), no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), na qual anunciou a liberação de R$ 2,8 milhões para compra de equipamento de última geração para exames de tomografia.

Ele salientou que esse investimento, em conjunto com o governo do estado, vai ajudar na descoberta precoce de doenças como o câncer, por exemplo. Segundo o Incor, o novo aparelho, um tomógrafo por emissão de positrons (PET, na sigla em inglês Positron Emisson Tomography), permitirá maior qualidade no diagnóstico dos mais de 800 exames realizados, anualmente, pelo hospital.

Por meio dele, os médicos poderão avaliar o estágio das doenças de forma a determinar de forma mais rápida o tipo de tratamento a ser adotado tanto no caso do câncer quanto de outras enfermidades.

“A tecnologia é capaz de diferenciar lesões, previamente identificadas por outros métodos de diagnósticos como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, em benignas ou malignas. Com isso, evita-se a realização de exames desnecessários e muitas vezes dolorosos no paciente como a biópsia em tumores benignos. No caso de tumores malignos, obtém-se um melhor redirecionamento para a aplicação de terapias específicas, como a radioterapia e quimioterapia”, informa nota do Incor.

 

Edição: Lílian Beraldo