Dois brasileiros pedem ajuda à embaixada na Costa do Marfim por temerem pela própria segurança

07/04/2011 - 15h07

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Dois brasileiros que moram na Costa do Marfim pediram ajuda à Embaixada do Brasil em Abidjan (capital do país) por temerem pela própria segurança em meio aos confrontos armados que se agravaram nos últimos dias na região. Sem condições de realizar as operações de resgate, a embaixadora do Brasil na Costa do Marfim, Maria Auxiliadora Figueiredo, pediu apoio à Organização das Nações Unidas (ONU)para ajudar os brasileiros.

A embaixadora Maria Auxiliadora trabalha da residência oficial e orientou que os funcionários da representação brasileira adotem a mesma prática. Como os confrontos dominaram as principais ruas e avenidas de Abidjan, a diplomata determinou que todas as atividades sejam desempenhadas sem a necessidade de circulação pela cidade.

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, informou hoje (7) que existem aproximadamente 150 brasileiros na Costa do Marfim. Por cautela, a Embaixada do Brasil orienta que eles evitem circular nas ruas das principais cidades da região porque há não há condições de garantir segurança para estrangeiros no país.

Os combates na Costa do Marfim se intensificaram com o ingresso das forças das Nações Unidas e da França. A crise começou há mais de quatro meses, na sequência das eleições presidenciais de 28 de novembro. Na ocasião Alassane Ouattara foi reconhecido como presidente eleito pela maioria da comunidade internacional, mas o atual presidente Laurent Gbagbo se recusa a deixar o poder.

A Costa do Marfim está sob sanções da União Europeia, impostas no final de 2010. Ontem (6) a União Europeia intensificou as restrições ao país. A estimativa das organizações não governamentais é que aproximadamente 800 pessoas tenham morrido em decorrência dos confrontos entre as forças leais a Gbagbo e a Ouattara.

Edição: Juliana Andrade