Telefônica lidera ranking de reclamações do Procon em São Paulo

15/03/2011 - 16h48

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Telefônica foi a líder em reclamações dos consumidores na Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) no ano passado, a exemplo do que já ocorreu em 2009, de acordo com o Cadastro de Reclamações Fundamentadas em 2010, divulgado hoje (15). Em seguida, aparecem Itaú Unibanco, Bradesco, Sansung, Claro, Eletropaulo, Sony Ericsson, LG Eletronics, Santander e Net.

Os dados mostram ainda que, entre as que não responderam às reclamações, o Santander está em primeiro lugar. Logo depois aparecem Eletropaulo, Itaú Unibanco, Celular Sony Ericsson, Bradesco, Net, LG Eletronics, Telefonica, Claro e Sansung.

Entre os destaques dos principais problemas relatados nas queixas, o item cobranças indevidas aparece com 8.855 das 31.509 reclamações registradas (28%). As mercadorias entregues com defeito correspondem a 5.510 casos e problemas entregas, a 2.658 reclamações.

Apesar de continuar no topo das reclamações, a Telefônica reduziu em 80% o número de queixas com relação ao ano passado, disse o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo, Paulo Arthur Lencioni Góes. Segundo ele, o percentual total de atendimentos da empresa, comparado ao total de demandas do Procon-SP, caiu de 25%, em 2009, para 4%, em 2010.

“Isso é resultado de um trabalho feito pelo Procon com empresa, que em dado momento apresentava índices alarmantes de problema. Além de multas, o Procon passou a aplicar procedimentos mais céleres, como a abertura direta de processos. Isso fez com que a Telefônica viesse ao Procon e discutisse mudanças na sua conduta com metas de redução da demanda.”

Góes ressaltou que ainda há pontos básicos e importantes do Código de Defesa do Consumidor que as empresas não conseguem respeitar, como o direito à informação. “É preciso que as empresas se comuniquem melhor com seus consumidores, saibam informá-los de maneira mais adequada, levando em consideração que muitos dos novos consumidores têm grande déficit de conhecimento e os produtos e serviços são cada vez mais complexos.”

A secretária de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, ressaltou que as multas continuarão a ser aplicadas, mas no caso das empresas reincidentes a ideia é suspendê-las temporariamente de suas atividades para que alguma medida seja tomada. “As empresas não gostam de pagar as multas e algumas vezes recorrem. Por isso, partiremos para outras estratégias a partir de agora.”

Edição: João Carlos Rodrigues