Dois estados confirmam morte por dengue no país em janeiro

30/01/2011 - 16h22

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dos 16 estados com alto risco de enfrentar uma epidemia de dengue neste verão, pelos menos dois confirmaram mortes causadas pela doença nas primeiras semanas de janeiro, e sete investigam nove óbitos suspeitos. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil, com base em dados divulgados pelas secretarias de Saúde.

Amazonas e Mato Grosso confirmaram uma morte cada um. No estado da Região Norte, uma mulher morreu no dia 13 deste mês, depois de ter sido internada em um hospital de Manaus. De acordo com a Secretaria de Saúde estadual, ela teve a forma grave da doença e um choque hipovolêmico (quando o coração não consegue bombear sangue para o corpo). Além desse caso já confirmado, há uma morte sob suspeita no estado. Do início do ano até agora, o Amazonas já confirmou 234 casos da doença.

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso confirmou a primeira morte por dengue, no município de Pedra Preta. As autoridades de saúde mato-grossenses investigam ainda uma morte suspeita, ocorrida na cidade de Sorriso. De 1º de janeiro até o dia 27, foram 1.084 notificações, sendo cinco consideradas graves.

As outras mortes sob investigação foram registradas no Maranhão (1), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), em Alagoas (1) e Pernambuco (1). As secretarias da Paraíba, de Sergipe, do Ceará, Tocantins e Rio de Janeiro não registraram óbitos até o momento.

Na semana passada, o Ministério da Saúde baixou uma portaria que obriga hospitais e secretarias a notificar mortes e casos graves de dengue no prazo de 24 horas. O governo federal irá lançar também um programa para monitorar os óbitos diariamente e os casos por semana. O sistema será alimentado pelos municípios e estados via internet.

Os estados citados estão na lista dos 16 considerados com alto risco de epidemia de dengue neste verão, que inclui também o Acre, Pará, Piauí e a Bahia. Em 2010, o Brasil teve 550 mortes por dengue e 1 milhão de casos.

Edição: Talita Cavalcante