Plínio critica criação de Ministério da Segurança; tucano reafirma proposta

24/09/2010 - 0h31

 

Luciana Lima, Marcos Chagas e Renata Giraldi

Repórteres da Agência Brasil

 

Brasília - Ao falar sobre segurança pública, o candidato do P-SOL à Presidência da República, Plínio Sampaio, criticou as ações desenvolvidas pelos governos com ênfase na repressão. De acordo com ele, as propostas se resumem a “mais armas, mais caveirões, mais soldados e mais porrada”.

 

“Isso não vai funcionar nunca. O fundamental para se ter segurança é ter cidadania”, disse Plínio, durante o debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Universidade Católica, em Taguatinga, no Distrito Federal (DF).

 

Plínio também defendeu que é fundamental “educar a polícia”. Segundo o candidato do P-SOL, a polícia ficou “mal-educada no tempo da ditadura”. “O que precisa se combater mesmo é a desigualdade e para isso é preciso teto, trabalho e educação”, destacou Plínio, que criticou a proposta defendida pelo candidato tucano José Serra de criar um ministério para a área de segurança.

 

“Sou contra a criação do Ministério de Segurança como quer o José Serra”, disse Plínio. “Quando eu era menino, polícia nem usava arma”, brincou.

 

Já o candidato tucano destacou a campanha do desarmamento e confirmou que quer criar um ministério específico para a área de segurança. “Fizemos uma campanha importante de consequências positivas, que foi a do desarmamento de recolhimento de armas. Fizemos plebiscito e perdemos. A cultura da paz é objetivo. Temos a curto prazo que atuar e é por isso que quero o Ministério da Segurança e a ocupação das fronteiras”, disse Serra.

 

Edição: João Carlos Rodrigues