Crianças e adolescentes são as maiores vítimas da rinite alérgica no país

28/05/2010 - 20h07

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – As crianças e os adolescentes são as maiores vítimas da rinite alérgica no Brasil. A constatação é da pesquisa Mapa da Rinite no Brasil, divulgada hoje (28) por 37 especialistas no assunto. Do total de pessoas que sofrem com a doença, 60% são crianças e adolescentes, e o diagnóstico tardio é o principal problema para o controle da rinite.

De acordo com um dos autores do estudo, Evandro Padro, chefe do Serviço de Alergia e Imunologia do Instituto de Puericultura e Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aproximadamente 25% das crianças e adolescentes do país têm rinite alérgica e a principal causa é a poeira domiciliar.

“A rinite no nosso país é desencadeada por uma hipersensibilidade ou uma resposta exagerada quando a pessoa inala proteínas de ácaro, da poeira domiciliar. As pessoas entrando em contato com esses ácaros passam a ficar sensíveis a essas proteínas, e o contato com essas proteínas liberam substâncias que vão desencadear os sintomas da rinite”, disse.

Nos meses de junho e julho, as crises são registradas principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. O aumento da umidade e a proliferação de ácaros, segundo o levantamento, também intensifica os casos no Norte  e no Nordeste nesta época do ano.

O estudo ainda mostra que 55% das pessoas que sofrem de rinite percebem uma piora do quadro alérgico em determinados períodos do ano. Os meses de junho e julho foram os citados como os de maior incidência de casos da doença por 35% dos pacientes com o problema.

“O tratamento indicado é ter uma casa arejada, limpar o assoalho com pano úmido, evitar poluentes, forrar o colchão e travesseiro com material impermeável, para que o ácaro não penetre no colchão. Essas medidas são tão importantes quanto os medicamentos dados pelo médico”, orientou Evandro Padro, chefe do Serviço de Alergia e Imunologia do Instituto de Puericultura e Pediatria da UFRJ.

 

 

Edição: Aécio Amado