Jovens com HIV participam de formação para atuar em projetos sociais pelo país

29/10/2009 - 20h54

Da Agência Brasil

Brasília - Jovens portadores do vírus HIV terminaram hoje (29) o primeiro curso de formação de jovens líderes promovido pelo Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids. O encontro foi finalizado com a assinatura da carteira de trabalho de 22 moças e rapazes,entre 16 e 24 anos.

Durante 11 meses, eles vão receber umabolsa de iniciação profissional, no valor de R$ 472, eatuarão nas coordenações estaduais, nos serviçosde saúde e nas instâncias de controle social da políticade enfrentamento da epidemia.

Osjovens vieram de vários estados brasileiros e atuarãocomo disseminadores do projeto que tem como parceiros o Departamentode DST e Aids  do Ministério da Saúde, a Pact Brasil  - organização internacional que trabalha com cidadania - e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).

Adiretora do Programa de DST e Aids, Mariângela Simão,disse que a iniciativa é uma oportunidade para os jovens se capacitarem. “Esseprojeto é um oportunidade ao jovem de realizar um estágioe conhecer o funcionamento da máquina pública. Elesainda aprenderão como trabalhar com questões deprevenção ajudando a melhorar a qualidade de vida evao ter novas perspectivas de futuro."

O soldado Cleberson Fleming, um dos beneficiados com a iniciativa, avaliou a oportunidade como formade entrar no mercado de trabalho e  também de ter acesso àinformação.

“Oprojeto, servirá, principalmente, para quebrar preconceitos. É um passo muito importante para o jovemsoropositivo a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Vamos atuarem estados e municípios brasileiros como agentesmultiplicadores e disseminadores da informação do vírusHIV. E seremos referência para outrosjovens, a partir das próprias experiências”, disse.

Aexpectativa é que, no final do estágio, os jovens estejampreparados para debater e opinar sobre questões deenfrentamento à epidemia. A formação possibilitaainda que, no futuro, eles possam ocupar espaços de controlesocial, em especial no Sistema Único de Saúde (SUS), etambém de gestão governamental. Os jovens foram escolhidos a partir de processo seletivo, por  meio das coordenaçõesestaduais e municipais de DST e Aids de todo o Brasil.