Dificuldade da Caixa de apresentar proposta aos servidores impede o fim da greve, diz deputado

20/10/2009 - 0h55

Da Agência Brasil

Brasília - O principal fator que impede o fim da greve dos bancários da Caixa é a falta deapresentação de uma proposta concreta para os servidores, na opinião do deputado federal Geraldo Magela (PT-DF). Ele participoupela manhã da manifestação dos servidores em greve, na porta da sede da Caixa.“O que está faltandoé uma avaliação no sentido de avançar um pouco mais nas negociações, para enfimchegar a um acordo”, disse. O deputado participa das negociações que resultem no fimda greve, que se estende há  27 dias.Magela disse está na condição de bancário deputado e espera que seja feito umacordo semelhante ao do Banco do Brasil (BB), que proporcionou ganhos naparticipação nos lucros e resultados."Considero que com a Caixa possaser feito o mesmo tipo de acordo, que apresente resultados. A minha posição éde buscar avanços”. O Sindicato dos Bancários do Distrito Federal também considera satisfatória a proposta do Banco do Brasil. O diretor financeiro do sindicato,Raimundo Félix, deixou claro que os servidores do BB receberammais vantagens do que os da Caixa. “Eles [do Banco do Brasil] deram 3% de planocarreira no salário do trabalhador, além do que a Fenaban ofereceu. Portanto, o aumento real da categoria foi de 9%, e isso deixou os servidores daCaixa chateados”. O diretor admite que a greve já se estendeu por muito tempo,mas critica a empresa por ter ajuizado um pedido de abusividade no TribunalSuperir do Trabalho, TST. “Consideramos isso uma ofensa, já que estamosabertos ao diálogo”.Raimundo Félix lembrou que o principal prejudicado com agreve é o trabalhador, que muitas vezes só tem a Caixa como opção de banco. “Éruim para o cidadão, que tem que esperar com as unidades fechadas,principalmente os mais pobres que não têm conta em outros bancos, por isso nãoestamos satisfeitos com a greve”.A assembleia dos bancários se reúne novamente hoje (20), às 17h, para decidir os rumos do movimento. Para amanhã está agendadauma audiência de conciliação no TST.