Ministério divulga "lista suja" de empregadores que exploram mão de obra escrava

22/07/2009 - 17h11

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério doTrabalho divulgou hoje (22) a lista atualizada do Cadastro de Empregadores que exploram mão de obra escrava. O cadastro,chamado de lista suja, tem 174 empregadores entre pessoas físicase jurídicas. Neste novo cadastro, 13 foram incluídos e34 nomes foram retirados.O maior número de ocorrências é no Pará, com 44 casos, seguido do Maranhão (29), Tocantins (20), de Goiás (19), Mato Grosso do Sul (18), da Bahia (13) e de Mato Grosso (12). Também houve registros em Rondônia, no Amazonas, Paraná, Espírito Santo, em Santa Catarina, no Ceará, Piauí, em Minas Gerais, no Rio Grande do Norte e Acre.O assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério doTrabalho, Marcelo Campos, explicou que quem entra na listaperde vários direitos. “Qualquer infrator que passe a figurar nocadastro não recebe um centavo de financiamento público”, afirmou. “Asociedade civil, os consumidores e as grandes empresas têm utilizado ocadastro como referência nas suas ações comerciais. Os grandessupermercados não compram desses infratores, por exemplo.”O cadastro éatualizado semestralmente e são incluídos na lista osnomes dos empregadores que não cabe mais recurso judicial emrelação a infração de trabalho análogoao escravo. São mantidos no cadastro aqueles quenão quitam as multas de infração, casos dereincidência entre outros. Quem tem o nome na lista ficaimpossibilitado de fazer financiamento em instituiçõespúblicas e privadas.Para que empregadortenha o seu nome excluído do cadastro, é necessárioque por dois anos, contando a partir da da inclusão do nome nalista, ele tenha corrigido irregularidades identificadas duranteinspeção.Confira a lista do Ministério do Trabalho.