Faperj irá destinar R$ 3 milhões para pesquisas sobre dengue

30/04/2008 - 20h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) lançou hoje (30) um edital com dotação de R$ 10 milhões para apoio a pesquisas sobre doenças negligenciadas e re-emergentes. Desse total, 30% serão destinados à pesquisas sobre dengue. A informação foi dada à Agência Brasil pelo presidente da Faperj, Ruy Garcia Marques.Doenças negligenciadas são doenças que existem há muito tempo, mas não têm tido o apoio que necessitam para a  eliminação de problemas relacionados ao seu diagnóstico ou tratamento, informou Marques. Ele destacou que as doenças re-emergentes, por sua vez, são aquelas “que existiram no país, acreditava-se que não mais pudessem incomodar e que, de repente, voltam a incomodar, como a dengue, por exemplo, e a febre amarela”.Além da dengue, o edital irá contemplar pesquisas sobre a Doença de Chagas, esquistossomose, febre amarela, hanseníase, leptospirose, leishmaniose, malária e tuberculose.De acordo com Marques, esse é o maior investimento já feito no país por uma agência estadual de fomento à pesquisa. Outro edital, no valor de R$ 20 milhões, foi lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para todo o Brasil.Poderão se credenciar ao edital pesquisadores ligados a instituições de ensino superior ou de pesquisa, públicas ou privadas, sediadas no estado do Rio de Janeiro. O objetivo “é estimular o estudo dessas doenças por meio de projetos de pesquisas que propiciem o avanço do conhecimento na prevenção, no diagnóstico e no tratamento, com uma particularidade: um avanço que possibilite uma aplicabilidade clínica em curto prazo”, afirmou o presidente da Faperj.No ano passado, o orçamento da Faperj para fomento a atividades de ciência e tecnologia foi de R$ 200 milhões, abrangendo todas as áreas do conhecimento. Ruy Garcia Marques afirmou que a totalidade dos recursos foi aplicada. “Mais importante do que o valor é que os R$ 200 milhões destinados foram totalmente pagos”, disse. Dois dos projetos apoiados em 2007 tiveram foco na dengue. Em 2008, a expectativa do presidente da Faperj é que o orçamento para fomento à ciência e tecnologia atinja R$ 215 milhões. O orçamento da fundação corresponde a 2% da arrecadação tributária líquida do estado.