Promud https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/172762/all pt-br Crack e cocaína avançam entre as mulheres em São Paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-29/crack-e-cocaina-avancam-entre-mulheres-em-sao-paulo <p>Elaine Patricia Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>S&atilde;o Paulo &ndash; Nos &uacute;ltimos quatro anos, mudou o perfil das mulheres dependentes qu&iacute;micas, que procuram tratamento no ambulat&oacute;rio do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Cl&iacute;nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S&atilde;o Paulo. Se antes as mulheres que procuravam tratamento no Programa da Mulher Dependente Qu&iacute;mica (Promud) eram em maior n&uacute;mero de dependentes de &aacute;lcool, hoje a maioria &eacute; de mulheres dependentes em drogas il&iacute;citas.</p> <p>Entre 1996, quando o Promud come&ccedil;ou a funcionar, at&eacute; 2008, 60% dos casos atendidos no programa correspondiam a mulheres alco&oacute;latras e 40% eram dependentes de drogas. No entanto, a partir de 2009, o n&uacute;mero foi invertido: 60% dos casos passaram a representar mulheres dependentes de coca&iacute;na e <em>crack</em> e o alcoolismo passou a somar 40% dos atendimentos.</p> <p>O estudo, que est&aacute; em andamento e dever&aacute; ser divulgado em outubro, durante o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em Curitiba, mostra que houve mudan&ccedil;a na faixa et&aacute;ria das mulheres que buscam tratamento, com aumento de depend&ecirc;ncia das mulheres acima de 30 anos, o que era raro.</p> <p>&ldquo;O que temos percebido nos &uacute;ltimos quatro anos &eacute; uma mudan&ccedil;a no perfil das mulheres. Quando come&ccedil;amos no Promud, as pacientes eram 60% dependentes de &aacute;lcool e mais velhas, entre 40 anos e 50 anos, e as demais 40% eram muito mais jovens, em torno de 20 anos, dependentes de coca&iacute;na. Nos &uacute;ltimos anos, mais de 50% das mulheres que chegaram [no Promud] t&ecirc;m acima dos 30 anos&rdquo;, disse Patricia Hochgraf, m&eacute;dica-assistente e coordenadora do Promud.</p> <p>Segundo Patricia, o Promud n&atilde;o tem respostas sobre o que provocou a mudan&ccedil;a. &ldquo;Temos algumas hip&oacute;teses. Observamos que aumentou muito a oferta de droga. &Eacute; mais f&aacute;cil achar <em>crack</em>. Quase todas as mulheres come&ccedil;am a usar<em> crack </em>e coca&iacute;na com o companheiro, seja marido ou namorado. S&atilde;o mulheres que nem usavam drogas antes, o que chama muito a aten&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse ela. Patricia ressaltou que muitas mulheres usam <em>crack</em> ou coca&iacute;na pensando, por exemplo, que v&atilde;o emagrecer.</p> <p>De acordo com Silvia Brasiliano, psic&oacute;loga, e tamb&eacute;m coordenadora do Promud, 70% das pacientes que procuram o tratamento no Promud o fazem por press&atilde;o dos filhos. O tratamento contra a depend&ecirc;ncia, segundo Silvia, deve ser procurado o mais rapidamente poss&iacute;vel, principalmente no caso de depend&ecirc;ncia por <em>crack</em>. &ldquo;O <em>crack</em> &eacute; uma droga que tem grande poder de causar depend&ecirc;ncia. &Eacute; o tipo de droga em que se deveria procurar tratamento at&eacute; uma semana depois&rdquo;, disse.</p> <p>&nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Congresso Brasileiro de Psiquiatria Instituto de Psiquiatria da USP Mulheres e drogas Patricia Hochgraf Programa da Mulher Dependente Química Promud Saúde Silvia Brasiliano Thu, 29 Aug 2013 22:12:01 +0000 alberto.coura 729430 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/