produtos naturais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/125549/all pt-br Falta eficiência econômica no uso dos recursos naturais nos países do Mercosul, no Chile e no México https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2011-09-20/falta-eficiencia-economica-no-uso-dos-recursos-naturais-nos-paises-do-mercosul-no-chile-e-no-mexico <p> Gilberto Costa<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A economia do Brasil, dos demais integrantes do Mercosul &ndash; Argentina, Paraguai e Uruguai &ndash;, do Chile e do M&eacute;xico s&atilde;o ineficientes no uso dos recursos naturais, pa&iacute;ses onde as atividades produtivas t&ecirc;m pouca sustentabilidade ambiental, revelou hoje (20) relat&oacute;rio divulgado pelo Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).</p> <p> O relat&oacute;rio mostra que as seis economias latino-americanas vivem um processo que a institui&ccedil;&atilde;o chama de primariza&ccedil;&atilde;o &ndash; aumento da depend&ecirc;ncia de produtos naturais prim&aacute;rios para a exporta&ccedil;&atilde;o, como soja, carne, min&eacute;rio de ferro.</p> <p> O fen&ocirc;meno econ&ocirc;mico, ligado &agrave; abertura comercial e ao crescimento da economia chinesa, faz com que haja mais press&atilde;o sobre o uso da &aacute;gua e o solo. &ldquo;Estamos produzindo mal e n&atilde;o estamos levando a quest&atilde;o ambiental na tomada de decis&atilde;o&rdquo;, disse Elisa Tonda, oficial de projeto do Pnuma, na apresenta&ccedil;&atilde;o do relat&oacute;rio.</p> <p> Para Maria Am&eacute;lia Enriquez, especialista em economia ambiental e consultora do Pnuma, h&aacute;, na regi&atilde;o, pa&iacute;ses mais avan&ccedil;ados na legisla&ccedil;&atilde;o ambiental, como o Brasil, e outros cuja a institucionaliza&ccedil;&atilde;o &eacute; mais recente, o que cria uma grande assimetria para, por exemplo, produzir indicadores sobre o uso econ&ocirc;mico da natureza. &ldquo;Faltam, inclusive, informa&ccedil;&otilde;es se os recursos naturais est&atilde;o sendo utilizados de forma sustent&aacute;vel&rdquo;, aponta.</p> <p> O diretor de Gest&atilde;o Estrat&eacute;gica do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente, Volney Zanardy, reconheceu que o Brasil n&atilde;o tem indicadores suficientes para a gest&atilde;o ambiental, tais como uma s&eacute;rie hist&oacute;rica sobre a qualidade da &aacute;gua e do solo. Ele destacou que, no entanto, h&aacute; iniciativas que &ldquo;inserem a quest&atilde;o ambiental na proposta de desenvolvimento&rdquo;; como, por exemplo, as pol&iacute;ticas de res&iacute;duos s&oacute;lidos e a industrial, prevista no Plano Brasil Maior. Essa &uacute;ltima, por exemplo, estabelece a meta de redu&ccedil;&atilde;o de 10% do consumo de energia at&eacute; 2014 para os empreendimentos beneficiados.</p> <p> O relat&oacute;rio do Pnuma aponta para experi&ecirc;ncias, nos seis pa&iacute;ses, que resultam em uso mais racional do meio ambiente. O Brasil &eacute; elogiado pela cria&ccedil;&atilde;o, em 1996, do Conselho da Bacia do Rio Para&iacute;ba do Sul, na Regi&atilde;o Sudeste, onde est&atilde;o instaladas 8,5 mil f&aacute;bricas. O conselho, formado por representantes da sociedade e do Estado, decidiu, em 2003, cobrar taxas progressivas pelo uso da &aacute;gua, o que permite a capta&ccedil;&atilde;o de recursos financeiros para investir na prote&ccedil;&atilde;o e recupera&ccedil;&atilde;o do rio.</p> <p> Maria Am&eacute;lia acredita que &eacute; preciso criar mais instrumentos econ&ocirc;micos como esse para proteger o meio ambiente. Ela defende uma &ldquo;reforma tribut&aacute;ria ecol&oacute;gica&rdquo; que, em vez de onerar as cadeias produtivas de mercadorias com maior valor agregado &ldquo;que geram emprega e renda&rdquo;, se cobre mais impostos pelo uso de recursos prim&aacute;rios (alguns exportados sem taxa&ccedil;&atilde;o).</p> <p> Para ela, a cobran&ccedil;a de impostos e o pagamento de <em>royalties</em> ainda s&atilde;o planejados como se o &ldquo;mundo fosse vazio e abundante de recursos naturais&rdquo;. A especialista avalia que a discuss&atilde;o dos <em>royalties</em> ocorre &ldquo;como se fosse um recurso or&ccedil;ament&aacute;rio qualquer&rdquo;, quando &ldquo;o <em>royalty</em> &eacute; um pagamento por um patrim&ocirc;nio que est&aacute; sendo esgotado, impedindo uma gera&ccedil;&atilde;o futura de utilizar [esse patrim&ocirc;nio]&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> brasil chile Economia economia ambiental Meio Ambiente Mercosul México Paraguai Pnuma produtos naturais recursos naturais royalties Uruguai Tue, 20 Sep 2011 18:47:38 +0000 lana 679447 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/