Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/116913/all pt-br Dez guerrilheiros das Farc morrem em confronto com militares https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-27/dez-guerrilheiros-das-farc-morrem-em-confronto-com-militares <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil* </em></p> <p> Bogot&aacute; &ndash; Pelo menos dez guerrilheiros das For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) foram mortos em um confronto com militares do Ex&eacute;rcito, informou o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzon, aos jornalistas na noite dessa quinta-feira (26). Um dos mortos foi Pedron Lain Parra, um comandante regional da confian&ccedil;a de Jorge Briceno, o chefe militar do grupo guerrilheiro morto em 2010.</p> <p>O confronto ocorreu domingo (22), em uma zona montanhosa da prov&iacute;ncia de Meta.</p> <p>A Col&ocirc;mbia vive h&aacute; cinco d&eacute;cadas um conflito entre as autoridades pol&iacute;ticas e as for&ccedil;as revolucion&aacute;rias, que j&aacute; provocaram milhares de mortes, al&eacute;m de 4,5 milh&otilde;es de deslocados.</p> <p>As Farc, o maior grupo rebelde do pa&iacute;s, t&ecirc;m entre 7 mil e 8 mil guerrilheiros.</p> <p> <em>*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Lusa</em></p> <p> Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</p> Colômbia confronto Farc guerrilheiros Internacional militares mortes Fri, 27 Dec 2013 10:08:17 +0000 gracaadjuto 737346 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Começa hoje 18º ciclo de negociação entre governo colombiano e Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-17/comeca-hoje-18%C2%BA-ciclo-de-negociacao-entre-governo-colombiano-e-farc <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Bogot&aacute; - Negociadores das For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) e do governo retomam hoje (17) os di&aacute;logos pelo fim do conflito armado no pa&iacute;s. A delega&ccedil;&atilde;o do governo seguiu para Cuba na tarde de ontem (16) para continuar o debate sobre o problema das drogas il&iacute;citas, o terceiro item da pauta de negocia&ccedil;&atilde;o.</p> <p> No dia 8 de dezembro, as <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/node/736076">Farc anunciaram um cessar fogo unilateral</a><b>.</b> A tr&eacute;gua ter&aacute; um m&ecirc;s e foi iniciada nesse domingo (15), em raz&atilde;o das festividades de Natal e fim de ano. O governo do pa&iacute;s, no entanto, manter&aacute; a ofensiva militar.</p> <p> No encerramento da &uacute;ltima rodada, as Farc e o governo divulgaram comunicado conjunto com o relat&oacute;rio acerca do acordo parcial sobre a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-11-06/governo-colombiano-e-farc-fecham-acordo-sobre-participacao-politica-da-guerrilha">participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica</a>, firmado em novembro. Al&eacute;m do tema das drogas, a agenda tem tr&ecirc;s assuntos pendentes para discuss&atilde;o: a repara&ccedil;&atilde;o das v&iacute;timas do conflito, o desarmamento e a desmobiliza&ccedil;&atilde;o de guerrilheiros e as garantias para o cumprimento dos acordos firmados no p&oacute;s-conflito. J&aacute; houve consenso tamb&eacute;m sobre o<b> </b>desenvolvimento agr&aacute;rio, o primeiro item de negocia&ccedil;&atilde;o.</p> <p> H&aacute; pouco mais de um ano, no in&iacute;cio das negocia&ccedil;&otilde;es, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, dizia que esperava que o processo fosse conclu&iacute;do at&eacute; as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais previstas para maio do ano que vem. Agora, ele j&aacute; n&atilde;o fala em tempo.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o h&aacute; como falar em uma data para terminar o processo, mas hoje eu estou cem por cento confiante de que vamos conseguir firmar um acordo total com essa negocia&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Santos, durante caf&eacute; da manh&atilde; promovido na semana passada com correspondentes internacionais, entre eles a <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> O clima deste ciclo de negocia&ccedil;&otilde;es, entretanto, pode enfrentar certa tens&atilde;o, &nbsp;porque os di&aacute;logos ser&atilde;o retomados ap&oacute;s a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-09/procuradoria-geral-colombiana-destitui-prefeito-de-bogota">destitui&ccedil;&atilde;o do prefeito de Bogot&aacute;</a>, Gustavo Petro. Ex-guerrilheiro do M-19 e representante importante da esquerda colombiana, ele &eacute; um dos grandes apoiadores do processo de paz. Ap&oacute;s o an&uacute;ncio da destitui&ccedil;&atilde;o, as Farc se pronunciaram dizendo que a decis&atilde;o poderia &ldquo;afetar o andamento das negocia&ccedil;&otilde;es em Havana&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong><br /> &nbsp;</p> Colômbia cuba drogas ilícitas Farc governo colombiano Internacional negociação negociadores Tue, 17 Dec 2013 08:46:44 +0000 gracaadjuto 736701 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Delegado da ONU questiona destituição do prefeito de Bogotá https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-10/delegado-da-onu-questiona-destituicao-do-prefeito-de-bogota <p style="margin-bottom: 0cm">Leandra Felipe<br /> <i>Correspondente </i><i>da</i><i> Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</i></p> <p> Bogot&aacute; &ndash; Um dia depois de o prefeito da capital colombiana, Gustavo Petro, ter sido destitu&iacute;do do cargo pela Procuradoria-Geral da Na&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) solicitou hoje (10) audi&ecirc;ncia com o procurador-geral, Alejandro Ord&oacute;&ntilde;ez, que emitiu a decis&atilde;o. Desde ontem &agrave; tarde, centenas de pessoas se manifestam em favor de Petro, nos arredores da Pra&ccedil;a de Bol&iacute;var, em frente &agrave; prefeitura de Bogot&aacute;, e tamb&eacute;m em frente &agrave; Procuradoria-Geral.</p> <p> <span style="font-weight: normal">Petro foi destitu&iacute;do e condenado a </span><span style="font-weight: normal">15</span><span style="font-weight: normal"> anos de inelegibilidade <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-09/procuradoria-geral-colombiana-destitui-prefeito-de-bogota" target="_blank">devido a irregularidades apontadas pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico colombiano</a> </span><span style="font-weight: normal">no processo que estatizou a maior parte do sistema de coleta de lixo na cidade</span>. O delegado da ONU na Col&ocirc;mbia, Todd Howland, disse ter interesse de se reunir com o procurador Alejandro Ord&oacute;&ntilde;ez para falar do tema.</p> <p> &ldquo;J&aacute; pedimos uma reuni&atilde;o com ele [procurador], porque &eacute; importante lhe explicar que existe jurisprud&ecirc;ncia internacional para ser acionada em raz&atilde;o dos direitos humanos e da vontade popular daqueles que elegeram o prefeito&rdquo;, explicou, durante uma conversa com jornalistas.</p> <p> Representantes da sociedade civil solicitaram c&oacute;pia da decis&atilde;o judicial sobre a destitui&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o houve resposta por parte da Procuradoria-Geral. Por isso, Howland defendeu que o repasse das informa&ccedil;&otilde;es &eacute; um direito da popula&ccedil;&atilde;o que votou em Petro.</p> <p> &ldquo;Temos que falar com o procurador sobre os direitos dos cidad&atilde;os de Bogot&aacute; que votaram por Petro. &Eacute; importante que a procuradoria entenda que h&aacute; jurisprud&ecirc;ncia do Comit&ecirc; de Direitos Pol&iacute;ticos e Civis e da Corte Interamericana de Direitos Humanos&rdquo;, frisou. E completou: &ldquo;Qualquer interven&ccedil;&atilde;o de um funcion&aacute;rio que n&atilde;o esteja eleito [como um procurador] tem que ser equilibrada&rdquo;.</p> <p> A delega&ccedil;&atilde;o das For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) em Havana, que faz parte da mesa de negocia&ccedil;&atilde;o pelo fim do conflito armado, tamb&eacute;m se pronunciou hoje sobre a destitui&ccedil;&atilde;o. Em um comunicado, a guerrilha disse que &ldquo;a decis&atilde;o afeta a credibilidade e a confian&ccedil;a do processo de paz&rdquo;.</p> <p> Gustavo Petro vai recorrer da senten&ccedil;a. Ontem &agrave; noite, ele falou que sofreu uma esp&eacute;cie de &ldquo;golpe de Estado&rdquo; e que o que est&aacute; ocorrendo no pa&iacute;s &eacute; um atentado &agrave; democracia.</p> <p> A destitui&ccedil;&atilde;o de Petro divide a opini&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o. Seus partid&aacute;rios e simpatizantes dos movimentos de esquerda reclamam que houve arbitrariedade na decis&atilde;o. &ldquo;Isso ocorreu porque Petro tirou dinheiro dos donos das empresas de lixo&rdquo;, disse &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, o aposentado Juan Jos&eacute; Ortega.</p> <p> Por outro lado, a estudante de medicina Lucia Herrera Martins disse que a cidade estava &ldquo;descuidada&rdquo; com Petro e que ele &ldquo;piorou o tr&acirc;nsito&rdquo;, ao fazer mudan&ccedil;as no sistema de rod&iacute;zio de ve&iacute;culos. &ldquo;Petro s&oacute; sabia brigar. Ele foi eleito, mas n&atilde;o deu conta de governar direito. Fez uma confus&atilde;o com o sistema do lixo&rdquo;, opinou.</p> <p> Bogot&aacute; teve problemas em novembro e dezembro do ano passado, no intervalo de mudan&ccedil;a entre a presta&ccedil;&atilde;o do servi&ccedil;o por empresas privadas e o funcionamento da estatal criada pelo prefeito. Na &eacute;poca, centenas de moradores reclamaram do lixo acumulado nas ruas da cidade.</p> <p> At&eacute; o momento, a maioria dos protestos n&atilde;o registrou viol&ecirc;ncia, mas a Pol&iacute;cia Militar montou uma opera&ccedil;&atilde;o especial em frente &agrave; prefeitura e tamb&eacute;m pr&oacute;ximo &agrave; procuradoria. Um juiz, que n&atilde;o quis revelar o nome, contou &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, que o expediente na Procuradoria-Geral foi suspenso ontem &agrave; tarde por seguran&ccedil;a.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">O juiz explicou que milhares de funcion&aacute;rios p&uacute;blicos colombianos, de cargos pol&iacute;ticos ou selecionados por exames, j&aacute; foram destitu&iacute;dos ou exonerados pelo cumprimento indevido de suas fun&ccedil;&otilde;es. &quot;Isso existe na Col&ocirc;mbia desde os tempos em que iniciamos nossa Rep&uacute;blica, nosso sistema &eacute; assim&quot;, explica.</p> <p> Ele reconhece, entretanto, que o sistema corre o risco de ser arbitr&aacute;rio em alguns momentos, ou de ser motivado por pol&iacute;tica. &quot;Petro cometeu erros na gest&atilde;o, podem ser considerados graves ou n&atilde;o. Mas a decis&atilde;o em si, &eacute; intrinsecamente pol&iacute;tica, porque altera toda a din&acirc;mica de um governo de uma cidade que n&atilde;o tem tido estabilidade&quot;.</p> <p> Ex-guerrilheiro do M-19 e representante importante da esquerda colombiana, Gustavo Petro foi eleito em outubro de 2011, com pouco mais de 30% dos votos. A elei&ccedil;&atilde;o foi bastante disputada e n&atilde;o h&aacute; segundo turno no pa&iacute;s para elei&ccedil;&otilde;es municipais e regionais (para governadores de departamento). S&oacute; h&aacute; segundo turno para as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais. O governo alega que, desse modo, economiza dinheiro com o processo eleitoral.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> afastamento de prefeito Colômbia delegado da ONU Farc Internacional prefeito de Bogotá protestos em Bogotá reação da população Tue, 10 Dec 2013 22:32:18 +0000 davi.oliveira 736256 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Obama respalda negociação do processo de paz do governo colombiano com as Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-03/obama-respalda-negociacao-do-processo-de-paz-do-governo-colombiano-com-farc <p>&nbsp;</p> <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p>Bogot&aacute; - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou hoje (3) que a Casa Branca respalda o processo de paz iniciado pelo governo colombiano e as For&ccedil;as Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc). &ldquo;O passo em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; paz foi correto&rdquo;, disse Obama, ao lado do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que cumpre agenda oficial nos Estados Unidos.&nbsp;Os dois se reuniram por mais de uma hora na Casa Branca.&nbsp;</p> <p>&ldquo;Dei parab&eacute;ns ao presidente [Santos] por seus audazes e valentes esfor&ccedil;os de levar a paz duradoura por meio desta negocia&ccedil;&atilde;o com as Farc&rdquo;, disse o presidente dos Estados Unidos ap&oacute;s o encontro.&nbsp;</p> <p>Obama se referiu a Santos como um &ldquo;grande amigo&rdquo; e que na &uacute;ltima d&eacute;cada houve mais aproxima&ccedil;&atilde;o e aprofundamento nas rela&ccedil;&otilde;es bilaterais.&nbsp;</p> <p>Em 2011, os Estados Unidos e a Col&ocirc;mbia firmaram um acordo de livre com&eacute;rcio e o governo norte-americano financiou, durante dez anos (entre 2000 e 2010) o chamado Plano Col&ocirc;mbia, para combater o narcotr&aacute;fico, e que, indiretamente, tamb&eacute;m equipou o Ex&eacute;rcito para o conflito armado com a guerrilha. O plano foi executado durante o governo de &Aacute;lvaro Uribe, em que Santos participou como ministro de Defesa.</p> <p>O presidente colombiano, por outro lado, agradeceu o colega norte-americano pelo apoio e respaldo ao processo de paz e disse que os dois pa&iacute;ses estudam a possibilidade de triplicar programas conjuntos de treinamento de policiais e soldados na Am&eacute;rica Central e no Caribe, com objetivo de aumentar a &ldquo;seguran&ccedil;a na regi&atilde;o&rdquo;.&nbsp;</p> <p>No fim da reuni&atilde;o, em tom mais ameno, os dois presidentes falaram um pouco sobre o Mundial de Futebol de 2014, que ocorrer&aacute; no Brasil. Obama lembrou o fato de as sele&ccedil;&otilde;es dos EUA e da Col&ocirc;mbia conseguirem a classifica&ccedil;&atilde;o para a competi&ccedil;&atilde;o da Federa&ccedil;&atilde;o Internacional de Futebol (Fifa). Santos brincou e disse esperar que as duas equipes n&atilde;o se encontrem na primeira rodada. &ldquo;N&atilde;o queremos ter que passar pelo problema de elimin&aacute;-los&rdquo;, disse.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edu&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Barack Obama Colômbia Farc Internacional Tue, 03 Dec 2013 22:02:24 +0000 aecioamado 735700 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Farc convidam Maradona para Partida pela Paz em Havana https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-02/farc-convidam-maradona-para-partida-pela-paz-em-havana <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Bogot&aacute; &ndash; As For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) convidaram hoje (2) o ex-jogador de futebol argentino Diego Armando Maradona para participar de uma Partida pela Paz, um jogo de futebol que a guerrilha pretende fazer em Havana (Cuba), onde os negociadores das Farc e do governo negociam o fim do conflito armado.</p> <p> A Col&ocirc;mbia foi classificada para o Mundial de Futebol de 2014 ap&oacute;s 16 anos sem participar da competi&ccedil;&atilde;o. O an&uacute;ncio do convite a Maradona foi feito pela delega&ccedil;&atilde;o das Farc, que posou para fotos vestida com a camiseta da sele&ccedil;&atilde;o colombiana. A Copa ser&aacute; disputada no Brasil.</p> <p> A proposta da partida partiu de dois ex-jogadores da sele&ccedil;&atilde;o colombiana: Carlos Valderrama e Mauricio Serna. As Farc aceitaram a ideia de fazer o evento em Cuba em prol da paz na Col&ocirc;mbia.&nbsp; &ldquo;Aceitamos com muita satisfa&ccedil;&atilde;o este desafio e complementamos a proposta da seguinte maneira: jogamos duas partidas. A primeira aqui em Cuba e a segunda em Santa Marta, cidade de onde sa&iacute;ram tantas glorias do futebol colombiano&rdquo;, declararam as Farc em um comunicado.</p> <p> O chefe da delega&ccedil;&atilde;o negociadora das Farc em Havana, Iv&aacute;n M&aacute;rquez, explicou por que a guerrilha convidou Maradona. &ldquo;Necessitamos que tenhamos deste lado uma boa representa&ccedil;&atilde;o e por isso, daqui de Havana, lan&ccedil;amos um SOS [pedido de ajuda] para este processo de paz a Diego Armando Maradona&rdquo;, declarou. Politicamente o ex-jogador j&aacute; mostrou afinidade &agrave; ideologia de esquerda e se declara f&atilde; do ex-presidente Hugo Ch&aacute;vez, de quem as Farc s&atilde;o simpatizantes.</p> <p> As Farc demonstraram compartilhar com outros colombianos o gosto pelo futebol. &ldquo;Quando o tempo livre nos permite, nos dedicamos a jogar um pouco de futebol e inclusive queremos que as mulheres participem deste evento&rdquo;, acrescentou M&aacute;rquez.</p> <p> Desde a semana passada as Farc e o governo colombiano fazem o 17&ordm; ciclo de conversa&ccedil;&otilde;es pelo fim do conflito. A mesa negociadora come&ccedil;ou a analisar o problema das drogas il&iacute;citas no pa&iacute;s,&nbsp; o terceiro item da agenda de di&aacute;logos.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> colombia Farc guerrilha Havana Internacional Maradona negociação pelo fim do conflito armado na colombia partida pela paz Tue, 03 Dec 2013 00:38:26 +0000 fabio.massalli 735607 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Farc dizem que combate as drogas não deve punir camponeses produtores de folha de coca https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-28/farc-dizem-que-combate-drogas-nao-deve-punir-camponeses-produtores-de-folha-de-coca <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p>Bogot&aacute; - As For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) defenderam hoje (28) em Havana, Cuba, que a solu&ccedil;&atilde;o para o problema do narcotr&aacute;fico no mundo n&atilde;o depende da extin&ccedil;&atilde;o das planta&ccedil;&otilde;es de coca. Antes de come&ccedil;ar o d&eacute;cimo s&eacute;timo ciclo de conversa&ccedil;&otilde;es com o governo colombiano para p&ocirc;r fim ao conflito armado no pa&iacute;s, o negociador chefe da guerrilha, Iv&aacute;n Marquez, disse que a&ccedil;&otilde;es punitivas contra o plantio n&atilde;o resolve a quest&atilde;o.</p> <p>&ldquo;O rigor da repress&atilde;o e das medidas punitivas contra a criminalidade gerada pelos processos de produ&ccedil;&atilde;o, comercializa&ccedil;&atilde;o e consumo das chamadas drogas il&iacute;citas, derivadas do processamento da folha de coca e de outras plantas, n&atilde;o deve recair sobre a parte mais fr&aacute;gil da cadeia, que s&atilde;o os consumidores e os camponeses&rdquo;, explicou.</p> <p>Marquez ressaltou que os principais benefici&aacute;rios das drogas s&atilde;o os &ldquo;grandes circuitos financeiros da economia global&rdquo;. Por isso, para a guerrilha, a solu&ccedil;&atilde;o deve reunir ao conjunto de na&ccedil;&otilde;es. &ldquo;O fen&ocirc;meno n&atilde;o &eacute; exclusivo do nosso pa&iacute;s. Hoje em dia se reconhece que o dinheiro do narcotr&aacute;fico e de outras atividades ilegais contaminaram a economia mundial&rdquo;, acrescentou.</p> <p>A produ&ccedil;&atilde;o de coca&iacute;na na Col&ocirc;mbia se estabeleceu na economia do pa&iacute;s no final dos anos 1970, com o narcotraficante Pablo Escobar, que liderou o Cartel de Medell&iacute;n, e de outros cart&eacute;is, como o de Cali.</p> <p>O combate ao narcotr&aacute;fico no pa&iacute;s teve apoio do governo dos Estados Unidos. O pa&iacute;s &eacute; um dos maiores consumidores da droga produzida na Col&ocirc;mbia. Na &eacute;poca dos grandes cart&eacute;is e, depois, com a dissolu&ccedil;&atilde;o dessas organiza&ccedil;&otilde;es criminosas, com &ldquo;megaestrutura&rdquo;, houve mudan&ccedil;as na din&acirc;mica interna, mas o pa&iacute;s ainda se mant&eacute;m entre os tr&ecirc;s maiores produtores de coca do mundo.</p> <p>Com o decl&iacute;nio dos cart&eacute;is, no fim dos anos 1980, extradi&ccedil;&otilde;es, pris&otilde;es de traficantes e da morte de Pablo Escobar, em dezembro de 1993, o tr&aacute;fico passou a ser controlado na Col&ocirc;mbia pelas guerrilhas como as Farc e o Ex&eacute;rcito da Liberta&ccedil;&atilde;o Nacional (ELN).</p> <p>Atualmente, as Farc, ELN e grupos criminosos comuns (as chamadas bandas criminais) movimentam o narcotr&aacute;fico no pa&iacute;s, &agrave;s vezes, em parte da cadeia produtiva, em outras, na refina&ccedil;&atilde;o e comercializa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Em suas declara&ccedil;&otilde;es na mesa de negocia&ccedil;&atilde;o, em Cuba, o l&iacute;der das Farc declarou, contudo, que os nexos do narcotr&aacute;fico no pa&iacute;s perpetram tamb&eacute;m as estruturas legais. &ldquo;H&aacute; duas d&eacute;cadas o ex-diretor do DEA (do ingl&ecirc;s, Drug Enforcement Administration) dos EUA, Joe Toff disse que a Col&ocirc;mbia era uma narcodemocracia&rdquo;, relembrando as suspeitas da rela&ccedil;&atilde;o entre o narcotr&aacute;fico e as estruturas do Estado no pa&iacute;s. O &oacute;rg&atilde;o atua no combate ao narcotr&aacute;fico no pa&iacute;s e em regi&otilde;es produtoras, como Am&eacute;rica Andina (Bol&iacute;via, Peru, Col&ocirc;mbia e Equador) ou ao tr&aacute;fico de drogas na Am&eacute;rica Central e no M&eacute;xico.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil &nbsp;</strong></em></p> Colômbia Farc Internacional tráfico de drogas Thu, 28 Nov 2013 22:17:00 +0000 aecioamado 735355 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Colômbia: começa décimo sétimo ciclo de conversações entre governo e Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-28/colombia-comeca-decimo-setimo-ciclo-de-conversacoes-entre-governo-e-farc <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Bogot&aacute; &ndash; A mesa de negocia&ccedil;&atilde;o entre o governo colombiano e as For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) retoma hoje (28) os di&aacute;logos do processo de paz em Havana, Cuba. Os negociadores iniciam o d&eacute;cimo s&eacute;timo ciclo de conversa&ccedil;&otilde;es em busca de uma &quot;Col&ocirc;mbia sem coca&quot;, disse o chefe da equipe negociadora do governo, Humberto de la Calle, antes de partir para Havana nessa quinta-feira.</p> <p> Ap&oacute;s quase seis meses de negocia&ccedil;&atilde;o sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica da Farc em um eventual processo de paz, os negociadores iniciam hoje a discuss&atilde;o do terceiro ponto da agenda: solu&ccedil;&otilde;es para o problema das drogas ilegais no pa&iacute;s.</p> <p> &ldquo;Queremos um campo sem coca. Queremos que nossos camponeses deixem para tr&aacute;s esses cultivos que s&oacute; deixaram viol&ecirc;ncia, pobreza e marginalidade nessas regi&otilde;es. Queremos colocar na mesa o tema do processamento e da comercializa&ccedil;&atilde;o de drogas, que alimenta o conflito e a criminalidade&rdquo;, acrescentou de la Calle, em r&aacute;pida entrevista coletiva.<br /> &nbsp;<br /> Em momentos anteriores, as Farc sinalizaram que o debate do tema &eacute; importante e propuseram, inclusive, que a <b><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-02-06/farc-propoem-legalizar-cultivo-de-maconha-coca-e-papoula">produ&ccedil;&atilde;o de coca e maconha possam ser legalizadas no pa&iacute;s</a></b>, como alternativa de renda para os camponeses e agricultores familiares.</p> <p> O assunto j&aacute; foi abordado em f&oacute;runs de cidadania que discutiram solu&ccedil;&otilde;es para o problema das drogas no &acirc;mbito do conflito. Assim como o discurso das Farc, o governo tamb&eacute;m come&ccedil;ou a adotar essa possibilidade como alternativa, ainda que de forma discreta.</p> <p> Humberto de la Calle disse que para pensar em um pa&iacute;s sem conflito &eacute; necess&aacute;rio atacar o problema das drogas e dos cultivos il&iacute;citos. &ldquo;N&atilde;o haver&aacute; fim do conflito verdadeiro sem atacar profundamente esse fen&ocirc;meno&rdquo;, destacou. Ele lembrou, por&eacute;m, que o pa&iacute;s quer encontrar novas maneiras de refor&ccedil;ar os programas de sa&uacute;de p&uacute;blica e combater o consumo.</p> <p> Ao iniciar a discuss&atilde;o do tema, o governo contar&aacute; com dois novos refor&ccedil;os na equipe negociadora, Mar&iacute;a Paulina Riveros e Nigeria Renter&iacute;a. La Calle explicou que elas v&atilde;o ajudar na busca de consenso para o tema das drogas no pa&iacute;s, assunto que est&aacute; diretamente relacionado ao desenvolvimento agr&aacute;rio (primeiro tema tratado durante o processo).</p> <p> Em junho deste ano, a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-08/colombia-guerrilhas-e-grupos-criminosos-ainda-recrutam-criancas"><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> viajou por regi&otilde;es colombianas </a>em que o conflito armado segue ativo. Em Tor&iacute;bio, no departamento colombiano de Cauca, a reportagem conheceu zonas com intensa presen&ccedil;a das Farc e constatou a rela&ccedil;&atilde;o entre a guerra, os cultivos ilegais de coca e maconha e a pobreza.</p> <p> A mesa que negocia o fim do conflito colombiano completou um ano de trabalho neste m&ecirc;s de novembro. At&eacute; agora houve acordo parcial sobre o tema agr&aacute;rio e <a href="http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/11/governo-colombiano-e-farc-fecham-acordo-sobre-participacao-politica">a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica das Farc</a>. Depois de discutir solu&ccedil;&otilde;es para o problema das drogas, a agenda ainda ter&aacute; que avaliar mais tr&ecirc;s assuntos - a repara&ccedil;&atilde;o das v&iacute;timas do conflito, o desarmamento e a desmobiliza&ccedil;&atilde;o de guerrilheiros e as garantias para o cumprimento dos acordos firmados.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil</p> Ciclo Colômbia conversações cuba diálogos Farc governo governo colombiano Havana Internacional mesa de negociação processo de paz Thu, 28 Nov 2013 09:19:00 +0000 gracaadjuto 735289 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Governo da Colômbia amplia equipe que negocia fim de conflito com as Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-26/governo-da-colombia-amplia-equipe-que-negocia-fim-de-conflito-com-farc <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em><br /> &nbsp;</p> <p>Bogot&aacute; &ndash; O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, nomeou hoje (26) duas mulheres para refor&ccedil;ar a equipe que negocia em Havana o fim do conflito interno entre for&ccedil;as oficiais e as For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc). A partir de agora, Nigeria Renter&iacute;a e Mar&iacute;a Paulina Riveros far&atilde;o parte da equipe.</p> <p>&ldquo;Elas, como todos os negociadores, s&atilde;o nomeadas, mais por seus m&eacute;ritos e pela contribui&ccedil;&atilde;o positiva que poder&atilde;o dar ao processo do que por representarem determinado grupo. Tenho certeza de que isso acontecer&aacute;&rdquo;, disse Santos, ao anunciar a nomea&ccedil;&atilde;o de Nigeria e Mar&iacute;a Paulina, que complementar&atilde;o a equipe ap&oacute;s a sa&iacute;da de Luis Carlos Villegas, que foi designado embaixador nos Estados Unidos. As duas come&ccedil;ar&atilde;o a trabalhar quinta-feira (28), quando se inicia mais um ciclo de conversa&ccedil;&otilde;es.</p> <p>Segundo o governo, ambas far&atilde;o parte da equipe em igualdade de condi&ccedil;&otilde;es com os que est&atilde;o no grupo desde o in&iacute;cio dos di&aacute;logos, h&aacute; cerca de um ano.</p> <p>Advogada e mestre em ci&ecirc;ncias pol&iacute;ticas, Nigeria Renter&iacute;a ocupa atualmente o cargo de alta conselheira presidencial para a Igualdade da Mulher. De acordo com Santos, ela cuidar&aacute; de manter o enfoque de g&ecirc;nero e igualdade nas conversa&ccedil;&otilde;es. Mar&iacute;a Paulina Riveros tamb&eacute;m &eacute; advogada e mestre em direitos humanos e prestar&aacute; assessoria &agrave; equipe em diversos temas, como cultivos ilegais e aten&ccedil;&atilde;o a v&iacute;timas de conflitos, nos quais tem &ldquo;ampla experi&ecirc;ncia&rdquo;, disse o presidente.</p> <p>Nesta semana, na capital cubana, tem in&iacute;cio a 17&ordf; rodada de conversa&ccedil;&otilde;es. Ao falar sobre o clima das negocia&ccedil;&otilde;es, o presidente adotou um tom cauteloso. &ldquo;Para este rein&iacute;cio, temos um otimismo moderado, porque ainda temos muito caminho para percorrer.&rdquo;</p> <p>Os negociadores das Farc e do governo analisam o terceiro ponto de uma agenda pr&eacute;-definida: a solu&ccedil;&atilde;o para o problema dos cultivos ilegais no pa&iacute;s.</p> <p>J&aacute; houve acerto parcial sobre o desenvolvimento agr&aacute;rio e a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica das Farc, ap&oacute;s ser firmado um acordo de paz. Al&eacute;m do tema em discuss&atilde;o, ainda ser&atilde;o analisados pontos como a repara&ccedil;&atilde;o das v&iacute;timas do conflito, desarmamento e desmobiliza&ccedil;&atilde;o e garantias para o cumprimento dos acordos que ser&atilde;o firmados no p&oacute;s-conflito.</p> <p><em><span style="line-height: 1.5em;">Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</span></em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;</em>&nbsp;<em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong></em></p> Colômbia conflitos cuba cultivos ilegais Farc Internacional Tue, 26 Nov 2013 18:30:34 +0000 nfranco 735115 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Processo de paz entre Farc e governo colombiano completa um ano https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-19/processo-de-paz-entre-farc-e-governo-colombiano-completa-um-ano <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</em>*</p> <p> Bras&iacute;lia - A mesa de negocia&ccedil;&atilde;o pelo fim do conflito armado entre as For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) e o governo colombiano completa hoje (19) um ano de di&aacute;logos. O negociador-chefe do governo, Humberto de la Calle, apresentou um balan&ccedil;o do processo e defendeu ser este o &ldquo;momento de redobrar o trabalho para conquistar a paz&quot; e terminar quase meio s&eacute;culo de conflito interno.</p> <p> &ldquo;Chegou a hora de fazermos todos os esfor&ccedil;os pela paz&rdquo;, disse, ao manifestar-se sobre a data, em Bogot&aacute;. At&eacute; o momento, o processo conseguiu fechar um acordo parcial sobre o tema agr&aacute;rio e a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica das Farc, ap&oacute;s a eventual conclus&atilde;o das negocia&ccedil;&otilde;es.</p> <p> Mas, para que o processo seja finalizado, a mesa ainda deve avaliar quatro temas: solu&ccedil;&atilde;o para o problema das drogas il&iacute;citas; desarmamento e desmobiliza&ccedil;&atilde;o da guerrilha; repara&ccedil;&atilde;o de v&iacute;timas do conflito e ainda garantias para o cumprimento dos acordos firmados ap&oacute;s o t&eacute;rmino dos di&aacute;logos.</p> <p> O processo &eacute; observado por Cuba, pa&iacute;s anfitri&atilde;o da mesa, pelo Chile, a Noruega e a Venezuela. As negocia&ccedil;&otilde;es ocorrem sem uma tr&eacute;gua, j&aacute; que as opera&ccedil;&otilde;es militares continuam. Os di&aacute;logos n&atilde;o s&atilde;o abertos ao p&uacute;blico e, at&eacute; o momento, informes e declara&ccedil;&otilde;es s&oacute; s&atilde;o anunciados a cada vez que a discuss&atilde;o de um tema &eacute; conclu&iacute;da.</p> <p> A mesa est&aacute; reunida atualmente pela 16&ordf; vez e promove ciclos de conversa&ccedil;&otilde;es que duram de dez a 15 dias. A participa&ccedil;&atilde;o popular ocorre de maneira indireta, com a realiza&ccedil;&atilde;o de f&oacute;runs de cidadania, apoiados pelas Na&ccedil;&otilde;es Unidas, pelo Congresso do pa&iacute;s e tamb&eacute;m por universidades. Os debates ocorrem em diversas regi&otilde;es da Col&ocirc;mbia, e o <em>site</em> do processo tamb&eacute;m disponibiliza um espa&ccedil;o para o envio de mensagens e sugest&otilde;es.</p> <p> De acordo com Humberto de la Calle, a mesa j&aacute; recebeu mais de 17 mil mensagens via internet e tamb&eacute;m formul&aacute;rios f&iacute;sicos que est&atilde;o dispon&iacute;veis &agrave; popula&ccedil;&atilde;o nas prefeituras municipais.</p> <p> O conflito armado colombiano &eacute; considerado um dos mais antigos do mundo. Em 49 anos de exist&ecirc;ncia, o governo estima que foram causados mais de 300 mil assassinatos devido aos confrontos, massacres e atentados.</p> <p> O pa&iacute;s tamb&eacute;m &eacute; o que tem a maior quantidade de deslocados internos do mundo, com cerca de 4 milh&otilde;es de colombianos. A guerra compromete 3% do Produto Interno Bruto (PIB) colombiano, segundo analistas independentes no pa&iacute;s.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;</em> <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> conflito armado na Colômbia cuba Farc governo colombiano Internacional negociação paz processo de paz Tue, 19 Nov 2013 23:54:18 +0000 lana 734862 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Sociedade colombiana tem dificuldade em aceitar participação política das Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-07/sociedade-colombiana-tem-dificuldade-em-aceitar-participacao-politica-das-farc <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Bogot&aacute; - A popula&ccedil;&atilde;o colombiana mostrou rejei&ccedil;&atilde;o &agrave; not&iacute;cia de que as For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) poderiam, no futuro, formar um partido pol&iacute;tico caso abandonem as armas.</p> <p> Ap&oacute;s o an&uacute;ncio, nessa quarta-feira (6), de que os negociadores da guerrilha e do governo conseguiram chegar a um <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-11-06/governo-colombiano-e-farc-fecham-acordo-sobre-participacao-politica-da-guerrilha">acordo parcial sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica do grupo</a>, as manifesta&ccedil;&otilde;es nas redes sociais e conversas nas ruas da capital colombiana mostraram tend&ecirc;ncia contr&aacute;ria &agrave; participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica das Farc.</p> <p> Embora o governo e a guerrilha tenham somente sinalizado com essa possibilidade, uma vez que o tema dever&aacute; ser discutido a fundo nas pr&oacute;ximas rodadas de negocia&ccedil;&atilde;o, internautas opinaram, no Twitter, de maneira negativa sobre o acordo parcialmente fechado.</p> <p> &ldquo;Terrorista agora vai poder ser presidente&rdquo;, postou um usu&aacute;rio da rede. O tema foi um dos mais comentados no <em>microblog</em>. Em Bogot&aacute;, a maioria das pessoas ouvidas pela <b>Ag&ecirc;ncia Brasil </b>tamb&eacute;m se mostrou descontente com o acordo.</p> <p> O vendedor de flores Jos&eacute; Jaime disse que n&atilde;o concorda com a possibilidade de que as Farc tenham representantes pol&iacute;ticos. &ldquo;Depois de tudo o que fizeram, agora eles v&atilde;o poder participar das decis&otilde;es do pa&iacute;s? Isso &eacute; um absurdo&quot;!.</p> <p> Segundo a professora Mar&iacute;a Amparo, apesar de desejar a paz e de acreditar que o caminho seria a concilia&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, a popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o gostaria que isso acontecesse porque deixou de acreditar nas Farc. &ldquo;Muitos de n&oacute;s eram favor&aacute;veis &agrave; causa defendida pela guerrilha, mas com tantos anos com essa guerra acabamos perdendo a f&eacute; no que eles defendiam&rdquo;, explicou.</p> <p> A classe pol&iacute;tica do pa&iacute;s tamb&eacute;m se manifestou. No Congresso, o senador Iv&aacute;n Cepeda, um dos apoiadores da negocia&ccedil;&atilde;o, disse que o acordo &eacute; &ldquo;um passo fundamental para a paz e um duro golpe aos inimigos do fim do conflito&rdquo;.</p> <p> Cepeda &eacute; filho de Manuel Cepeda Vargas, jornalista e pol&iacute;tico colombiano que fez parte da Uni&atilde;o Patri&oacute;tica, partido de esquerda fundado em 1985 por ex-guerrilheiros de movimentos insurgentes. Cepeda Vargas foi assassinado em agosto de 1994. &nbsp;A morte dele e a de mais 129 l&iacute;deres no pa&iacute;s s&atilde;o atribu&iacute;das &agrave; a&ccedil;&atilde;o de grupos paramilitares colombianos de extrema direita.</p> <p> Entre os pol&iacute;ticos que criticam o processo, um dos mais eloquentes &eacute; o ex-presidente &Aacute;lvaro Uribe. No Twitter e em entrevistas concedidas a emissoras de r&aacute;dio colombianas, ele disse que &ldquo;a Col&ocirc;mbia &eacute; a &uacute;nica democracia que aceita negociar com o terrorismo&rdquo;.</p> <p> O presidente Juan Manuel Santos e o negociador-chefe das Farc em Havana, Iv&aacute;n M&aacute;rquez, tamb&eacute;m deram declara&ccedil;&otilde;es em defesa do acordo de participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica.</p> <p> Ap&oacute;s falar da necessidade de promover a &ldquo;abertura democr&aacute;tica no pa&iacute;s&rdquo; depois de encerrado o ciclo de negocia&ccedil;&atilde;o em Havana (Cuba), M&aacute;rquez usou o Twitter e escreveu v&aacute;rios <i>posts</i> sobre o tema. Para ele, a primeira mudan&ccedil;a dever&aacute; ocorrer na mentalidade das pessoas.<br /> &ldquo;O primeiro item que temos que resolver em nossa p&aacute;tria &eacute; que se respeite o direito &agrave; vida, &agrave; diferen&ccedil;a, &agrave; op&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e &agrave; n&atilde;o estigmatiza&ccedil;&atilde;o&rdquo;, postou no Twitter.</p> <p> M&aacute;rquez demonstrou preocupa&ccedil;&atilde;o com as garantias de seguran&ccedil;a que as Farc ter&atilde;o ap&oacute;s deixar as armas, para exercer o papel de oposi&ccedil;&atilde;o, evitando que casos como os da Uni&atilde;o Patri&oacute;tica voltem a ocorrer. &ldquo;Que se possa debater as ideias sem o temor de ser assassinado, desaparecido ou criminalizado&rdquo;, destacou.</p> <p> Em pronunciamento em cadeia nacional de r&aacute;dio e televis&atilde;o na noite dessa quinta-feira, o presidente colombiano disse entender a impaci&ecirc;ncia e o ceticismo de algumas pessoas. &ldquo;Sou o primeiro impaciente, mas temos que entender que a paz n&atilde;o se faz com inimigos&rdquo;, defendeu.</p> <p> Em tom ponderado, ele informou que as opera&ccedil;&otilde;es militares continuam e que o futuro pol&iacute;tico da guerrilha e todos os compromissos firmados no segundo ponto de negocia&ccedil;&atilde;o s&oacute; ser&atilde;o definidos ap&oacute;s o t&eacute;rmino do conflito. &ldquo;Tudo se aplicar&aacute; somente se alcan&ccedil;armos um acordo que inclua o abandono das armas, a desmobiliza&ccedil;&atilde;o e a reincorpora&ccedil;&atilde;o das Farc &agrave; vida civil&rdquo;, explicou o presidente.</p> <p> Para especialistas consultados pela <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>, o governo e as Farc ter&atilde;o muito trabalho para &ldquo;convencer a sociedade&rdquo; das mudan&ccedil;as que est&atilde;o sendo propostas em Havana.</p> <p> A analista pol&iacute;tica Beatriz Miranda, da Universidade Externado de Col&ocirc;mbia, acredita que a popula&ccedil;&atilde;o tem dificuldade de aceitar e &ldquo;enxergar&rdquo; as Farc como um partido pol&iacute;tico, por causa da imagem negativa da guerrilha. Na sua opini&atilde;o, essa imagem foi constru&iacute;da n&atilde;o s&oacute; pelas a&ccedil;&otilde;es do pr&oacute;prio grupo, mas tamb&eacute;m pela cobertura do tema pela m&iacute;dia.</p> <p> &ldquo;Por um lado, as Farc vincularam-se ao narcotr&aacute;fico e praticaram crimes contra a popula&ccedil;&atilde;o civil, como o recrutamento de crian&ccedil;as e sequestros. De certo modo, isso traiu a confian&ccedil;a das pessoas nas causas defendidas inicialmente pelo grupo. Al&eacute;m disso, a m&iacute;dia comercial e a campanha militar dos governos nos &uacute;ltimos anos refor&ccedil;aram a imagem negativa&rdquo;, avaliou.</p> <p> Brasileira radicada na Col&ocirc;mbia, ela acredita que as Farc e o governo devem realizar uma ampla campanha para conscientizar a popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;At&eacute; ent&atilde;o, o processo em si e os ganhos que vir&atilde;o com a pluralidade pol&iacute;tica s&atilde;o conhecidos somente por um grupo restrito de acad&ecirc;micos e pol&iacute;ticos. &Eacute; importante que, juntamente com a negocia&ccedil;&atilde;o de paz, a sociedade receba informa&ccedil;&atilde;o adequada&rdquo;, acrescentou.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Colômbia Farc Internacional participação política sociedade Thu, 07 Nov 2013 08:53:01 +0000 gracaadjuto 734554 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ ONU respalda acordo sobre participação política das Farc https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-06/onu-respalda-acordo-sobre-participacao-politica-das-farc <p>&nbsp;</p> <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p>Bogot&aacute; - A Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) respaldou hoje (6) os negociadores de paz do governo colombiano e das For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc), que anunciaram um acordo parcial sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica das Farc ap&oacute;s a conclus&atilde;o das negocia&ccedil;&otilde;es que levem ao fim do conflito.</p> <p>O coordenador humanit&aacute;rio da ONU na Col&ocirc;mbia, Fabrizio Hochschild, felicitou a mesa negociadora pelo avan&ccedil;o conquistado. &ldquo;O importante &eacute; dar continuidade aos di&aacute;logos pela paz a fim de acabar com o sofrimento cotidiano e outras graves consequ&ecirc;ncias humanit&aacute;rias que a Col&ocirc;mbia vive [em decorr&ecirc;ncia do conflito]&rdquo;, destaca o comunicado enviado &agrave; delega&ccedil;&atilde;o de negociadores e &agrave; imprensa.</p> <p>Hochschild acrescentou que a ONU reitera sua plena disposi&ccedil;&atilde;o em seguir apoiando o processo de paz no pa&iacute;s. A entidade tem participado do processo organizando f&oacute;runs para a discuss&atilde;o de cada um dos temas que vem sendo analisados em Havana.</p> <p>As Na&ccedil;&otilde;es Unidas tamb&eacute;m destacaram ser importante a possibilidade de que as Farc tenham acesso aos meios de comunica&ccedil;&atilde;o, como relatado no documento divulgado hoje pelos participantes da negocia&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Ainda esta noite, o presidente da Rep&uacute;blica, Juan Manuel Santos, dever&aacute; se pronunciar, em cadeia nacional de r&aacute;dio e TV, sobre o acordo parcial, em torno da participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, celebrado hoje.</p> <p> &nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong><br /> &nbsp;</em></p> acordo Colômbia Farc Internacional onu participação política Wed, 06 Nov 2013 23:53:27 +0000 aecioamado 734545 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Governo colombiano e Farc fecham acordo sobre participação política da guerrilha https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-06/governo-colombiano-e-farc-fecham-acordo-sobre-participacao-politica-da-guerrilha <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Bogot&aacute; &ndash; Os negociadores do governo colombiano e das For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) em Havana anunciaram hoje (6) o fechamento de um acordo parcial sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica de membros da guerrilha, ap&oacute;s a conclus&atilde;o de um processo pelo fim do conflito. &ldquo;Chegamos a um acordo fundamental sobre o segundo ponto da agenda [participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica], e o que alcan&ccedil;amos aprofunda e robustece nossa democracia&rdquo;, disse o diplomata cubano Rodolfo Ben&iacute;tez.</p> <p> O comunicado lido por Ben&iacute;tez assinala que os negociadores fecharam acordo em torno de tr&ecirc;s pontos: direitos e garantias para o exerc&iacute;cio da oposi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica em geral e para movimentos que surjam ap&oacute;s firmado o documento final pelo fim do conflito e acesso a meios de comunica&ccedil;&atilde;o; cria&ccedil;&atilde;o de mecanismos democr&aacute;ticos de participa&ccedil;&atilde;o cidad&atilde;, incluindo participa&ccedil;&atilde;o direta, em diferentes n&iacute;veis e diversos temas; e ado&ccedil;&atilde;o de medidas efetivas para promover a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica nacional, regional e local de todos os setores sociais, incluindo as popula&ccedil;&otilde;es mais vulner&aacute;veis, em igualdade de condi&ccedil;&otilde;es e garantias de seguran&ccedil;a.</p> <p> Segundo o documento, a Col&ocirc;mbia dever&aacute; buscar pluralidade pol&iacute;tica representativa e abrir novos espa&ccedil;os para a participa&ccedil;&atilde;o cidad&atilde; no pa&iacute;s. &ldquo;A assinatura desse acordo implicar&aacute; o abandono das armas como m&eacute;todo de luta para transitar em um cen&aacute;rio de democracia com ampla participa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz o texto, que n&atilde;o explica, por&eacute;m, como as Farc poderiam se tornar um partido pol&iacute;tico. &ldquo;As condi&ccedil;&otilde;es particulares para que um novo movimento surja a partir do momento em que as Farc se tornem um movimento legal, ser&atilde;o discutidas no terceiro ponto da agenda&quot;, destaca o comunicado.</p> <p> Embora o assunto tenha sido deixado para o pr&oacute;ximo ciclo, o Executivo colombiano j&aacute; sinalizou a possibilidade de as Farc tornarem-se um partido seria vi&aacute;vel. O presidente Juan Manuel Santos j&aacute; disse, em diversas ocasi&otilde;es, que as Farc deveriam &ldquo;trocar armas por votos&rdquo;.</p> <p> A guerrilha poder&aacute; ter tamb&eacute;m circunscri&ccedil;&otilde;es (cotas especiais) por um per&iacute;odo transit&oacute;rio, o que garantiria a membros das Farc vagas em c&acirc;meras de representa&ccedil;&atilde;o legislativa no pa&iacute;s.</p> <p> Com o t&eacute;rmino desta rodada, os negociadores passar&atilde;o a discutir nos pr&oacute;ximos dias solu&ccedil;&otilde;es para o problema das drogas il&iacute;citas, o terceiro ponto da agenda. Depois disso, ainda ter&atilde;o de ser analisados tr&ecirc;s temas: repara&ccedil;&atilde;o das v&iacute;timas do conflito; desarmamento e desmobiliza&ccedil;&atilde;o dos ex-guerrilheiros e mecanismos para garantir o cumprimento dos acordos no p&oacute;s-conflito.</p> <p> <i>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> acordo Colômbia Farc Internacional Wed, 06 Nov 2013 18:33:59 +0000 nfranco 734511 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Expectativa de acordo cerca negociação entre Farc e governo colombiano https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-05/expectativa-de-acordo-cerca-negociacao-entre-farc-e-governo-colombiano <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Bogot&aacute; - As negocia&ccedil;&otilde;es pelo fim do conflito armado entre o governo colombiano e as For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc), em Havana, Cuba, continuam no 16&ordm; ciclo de di&aacute;logo. A finalidade &eacute; conseguir consenso sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica da guerrilha ap&oacute;s a conclus&atilde;o do processo. Na quinta-feira da semana passada, os negociadores haviam decidido estender os di&aacute;logos at&eacute; <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-31/rodada-de-negociacao-entre-governo-colombiano-e-farc-e-estendida-ate-segunda-feira" target="_blank">essa segunda-feira</a>, mas hoje (5) resolveram continuar as conversa&ccedil;&otilde;es.</p> <p> A sociedade colombiana e a imprensa no pa&iacute;s esperam que um acordo sobre o tema possa ser anunciado ap&oacute;s o t&eacute;rmino desta rodada de negocia&ccedil;&atilde;o. A imprensa no pa&iacute;s que acompanha o processo em Cuba sinalizou que pelo menos 90% do acordo possam estar conclu&iacute;dos. A participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica &eacute; o segundo item da agenda de negocia&ccedil;&atilde;o definida no ano passado, antes do come&ccedil;o do processo.</p> <p> O ciclo completa hoje 14 dias. Desta vez, os negociadores n&atilde;o disseram quando pretendem concluir o di&aacute;logo, embora as Farc tenham dito que esperavam terminar esta rodada at&eacute; hoje. A expectativa do governo &eacute; que um acordo seja definido ainda esta semana.</p> <p> A defini&ccedil;&atilde;o da participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica das Farc ap&oacute;s o fim do conflito &eacute; um tema delicado da agenda que define como a guerrilha poderia formar um partido pol&iacute;tico, com direito de oposi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica reguardado no pa&iacute;s.</p> <p> Desde o in&iacute;cio desse ciclo, o governo e as Farc mudaram a din&acirc;mica das reuni&otilde;es com o objetivo de avan&ccedil;ar na negocia&ccedil;&atilde;o. O tema pol&iacute;tico, o segundo da agenda, &eacute; discutido desde junho.</p> <p> Ap&oacute;s o t&eacute;rmino da discuss&atilde;o desse ponto, os negociadores ainda ter&atilde;o de avaliar mais quatro itens: a repara&ccedil;&atilde;o das v&iacute;timas do conflito; o desarmamento e a desmobiliza&ccedil;&atilde;o; solu&ccedil;&otilde;es para o problema das drogas no pa&iacute;s e garantias para o cumprimento dos acordos celebrados no p&oacute;s-conflito. J&aacute; existe acordo sobre o tema do desenvolvimento agr&aacute;rio, discutido entre novembro do ano passado e maio deste ano.</p> <p> No pr&oacute;ximo dia 18, a mesa completar&aacute; um ano de negocia&ccedil;&atilde;o. Sete dias depois o presidente Juan Manuel Santos ter&aacute; de definir e anunciar se concorrer&aacute; ao processo de reelei&ccedil;&atilde;o no pa&iacute;s em 2014. O sucesso do processo de paz &eacute; considerado essencial para que ele tenha chances de se reeleger.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Talita Cavalcante</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Colômbia Farc Internacional Juan Manuel Santos Revolução Cubana Tue, 05 Nov 2013 13:26:42 +0000 talita.cavalcante 734370 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ NSA espionou a Venezuela, a Colômbia e as Farc, denuncia jornal https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-04/nsa-espionou-venezuela-colombia-e-farc-denuncia-jornal <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Da Ag&ecirc;ncia Brasil*</i></p> <p> Bras&iacute;lia - A Ag&ecirc;ncia Nacional de Seguran&ccedil;a (NSA) dos Estados Unidos conduziu uma miss&atilde;o que sobrevoou a Col&ocirc;mbia para informar o governo sobre a localiza&ccedil;&atilde;o e os planos das For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc). O &oacute;rg&atilde;o tamb&eacute;m espionou a Venezuela para evitar que o pa&iacute;s, ent&atilde;o sob governo do presidente Hugo Ch&aacute;vez, &ldquo;se tornasse uma lideran&ccedil;a regional&rdquo;.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">De acordo com not&iacute;cia divulgada s&aacute;bado (2) pelo jornal norte-americano <i>The New York Times</i>, os Estados Unidos levaram a cabo uma opera&ccedil;&atilde;o chamada Orlandocard e criou um sistema chamado Honeypot (Pote de Mel em portugu&ecirc;s) para interceptar por meio de programas espi&otilde;es mais de mil computadores que classificaram como &quot;de potencial interesse futuro&quot;.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A espionagem da NSA em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Venezuela se concentrou nas rela&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas com a China, a R&uacute;ssia e o Ir&atilde;, segundo o jornal. Outros focos de interesse da ag&ecirc;ncia na Am&eacute;rica Latina foram organiza&ccedil;&otilde;es criminosas, especificamente redes de narcotr&aacute;fico, rastreadas da Col&ocirc;mbia, do Equador, do Panam&aacute; e da Jamaica at&eacute; o Canad&aacute; e os Pa&iacute;ses Baixos.</p> <p> O esc&acirc;ndalo de espionagem da NSA foi desencadeado no in&iacute;cio de setembro, quando foram divulgadas informa&ccedil;&otilde;es de que a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, e o presidente mexicano, Enrique Pe&ntilde;a Nieto, haviam sido monitorados. As den&uacute;ncias foram feitas por meio de dados obtidos pelo ex-consultor contratado pela NSA, Edward Snowden.</p> <p> Posteriormente, mais dados sobre espionagem a diversos pa&iacute;ses vieram &agrave; tona por meio de dados publicados pela imprensa internacional - como &agrave; Alemanha, &agrave; Fran&ccedil;a e &agrave; Espanha. Todos os chefes de governo desses pa&iacute;ses cobraram explica&ccedil;&otilde;es dos Estados Unidos. Na &uacute;ltima sexta-feira (1&ordm;), Alemanha e Brasil entregaram &agrave;s Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-11-01/proposta-do-brasil-e-da-alemanha-onu-associa-espionagem-violacao-de-direitos-humanos" target="_blank"><span style="text-decoration: none">uma proposta de resolu&ccedil;&atilde;o sobre privacidade de dados</span></a> &agrave; ser levada &agrave; Assembleia Geral.</p> <p> <i>*Com informa&ccedil;&otilde;es da Telam</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Ed</i><i>i&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Agência Nacional de Segurança Colômbia espionagem estados unidos Farc Farcs Internacional novas revelações NSA relações econômicas The New York Times Venezuela Mon, 04 Nov 2013 15:09:30 +0000 davi.oliveira 734296 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Farc sinalizam que estão perto de um acordo sobre participação política https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-03/farc-sinalizam-que-estao-perto-de-um-acordo-sobre-participacao-politica <p>Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p>Bogot&aacute; &ndash; As For&ccedil;as Armadas Revolucion&aacute;rias da Col&ocirc;mbia (Farc) informaram nesse s&aacute;bado (2) que consideram poss&iacute;vel chegar a um acordo com o governo colombiano sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica da guerrilha, ap&oacute;s a assinatura de um acordo de paz. O assunto &eacute; o segundo tema da agenda que a guerrilha e o governo colombiano negociam desde novembro do ano passado.</p> <p>&ldquo;&Eacute; poss&iacute;vel que, aqui de Havana [Cuba], anunciemos a disposi&ccedil;&atilde;o de trabalhar na perspectiva de uma reforma e de mudan&ccedil;as pol&iacute;ticas importantes, que permitam uma participa&ccedil;&atilde;o mais influente dos colombianos na vida pol&iacute;tica do pa&iacute;s&rdquo;, disse Andr&eacute;s Par&iacute;s, um dos negociadores das Farc.</p> <p>A participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica de guerrilheiros das Farc, em um eventual fim do conflito armado, vem sendo discutida desde junho. Caso seja firmado um acordo, os ex-integrantes da guerrilha, uma vez desmobilizados, poderiam participar da vida pol&iacute;tica do pa&iacute;s, criando um partido pol&iacute;tico.</p> <p>Mediante a expectativa do fechamento de um acordo pol&iacute;tico, as delega&ccedil;&otilde;es das Farc e do governo resolveram na &uacute;ltima quinta-feira (31), <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-31/rodada-de-negociacao-entre-governo-colombiano-e-farc-e-estendida-ate-segunda-feira">estender</a> as conversa&ccedil;&otilde;es do 16&ordm; ciclo de conversa&ccedil;&otilde;es at&eacute; amanh&atilde; (4), na tentativa de chegar a um entendimento.</p> <p>Caso consigam chegar a um consenso sobre a participa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, faltar&atilde;o quatro temas para avalia&ccedil;&atilde;o: a repara&ccedil;&atilde;o &agrave;s v&iacute;timas do conflito, a solu&ccedil;&atilde;o para o problema das drogas il&iacute;citas no pa&iacute;s; o desarmamento e desmobiliza&ccedil;&atilde;o dos guerrilheiros e as garantias para cumprimento dos acordos firmados no p&oacute;s-conflito. O primeiro assunto tratado foi a reforma agr&aacute;ria, sobre o qual houve acordo.</p> <p>Os representantes do governo colombiano n&atilde;o se manifestaram sobre a possibilidade de que seja fechado um acordo nas pr&oacute;ximas horas.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Andrés París Farc Internacional negociação de paz Sun, 03 Nov 2013 15:29:22 +0000 alberto.coura 734261 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/