Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, inaugura na tarde de hoje (16) um centro de tratamento para casos de leptospirose, doença transmitida pela urina do rato. O Centro de Referência de Síndrome Febril funcionará no Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse) e recebeu a doação do governo do estado de 30 cadeiras para hidratação e testes rápidos de identificação da doença.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Teixeira, enfatizou que o risco de contrair a leptospirose aumenta com as enchentes provocadas pelas fortes chuvas que atingem o município. Ele explicou que, com a criação desse centro, a população terá acesso ao tratamento adequado para que casos mais graves sejam evitados.
“Pegamos uma instalação que temos no Hospital da Posse, que já serviu como centro de tratamento para dengue em campanhas anteriores. Estamos montando [o centro] como referência para que os pacientes sejam direcionados para o tratamento certo. As chuvas que atingiram a cidade, na quarta-feira (11) podem provocar um surto. Estamos treinando nossos profissionais para que possam atender melhor os pacientes”, disse o secretário.
Ainda segundo Luiz Antônio Teixeira, a partir de quarta-feira (18) é esperado que o número de casos de leptospirose aumentem no município, devido ao período de sete dias em que a doença geralmente se manifesta.
“Essa é uma ação preventiva. Se a pessoa sentir febre, vai procurar o centro para fazer o exame. Se o exame sugerir que é leptospirose, vai iniciar o tratamento. Se for um caso só do contágio, o tratamento pode demorar de cinco a sete dias. Se for um caso mais grave, o tratamento será no hospital e pode demorar um pouco mais”, explicou.
Após o contato com a água contaminada pela urina do rato, os primeiros sintomas da leptospirose podem aparecer de um a 30 dias. Entre os sintomas estão a febre, dores de cabeça e pelo corpo, principalmente nas panturrilhas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, para se prevenir, é necessário evitar o contato com água contaminada. Caso seja preciso voltar à área que foi atingida pelas chuvas, é importante o uso de botas e luvas. Ainda segundo a secretaria, é indicado descartar qualquer alimento que teve contato com água contaminada porque eles também podem transmitir a doença.
Edição: Marcos Chagas
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