Yara Aquino*
Repórter da Agência Brasil
Paraguai – Após o Senado do Paraguai aprovar, em sessão extraordinária na noite de ontem (11), o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, o documento será analisado pela Câmara de Deputados. O Congresso paraguaio era o único do bloco que ainda impunha resistência à Venezuela que, no entanto, foi incorporada ao bloco no ano passado, em um processo ocorrido durante período em que o Paraguai estava suspenso do Mercosul.
Dos 40 legisladores presentes, 29 votaram a favor, dez contra e um se absteve. O senador colorado e presidente da Comissão de Legislação, Enrique Bacchetta, assinalou que, inicialmente, não se admitia a inclusão da Venezuela ao Mercosul porque durante o governo de Hugo Chávez as instituições daquele país não eram democráticas.
“Agora a situação é diferente porque nas recentes eleições municipais os opositores tiveram 49%, o que permite visualizar que há um regime democrático”, expressou.
A Venezuela foi incorporada ao Mercosul no ano passado após um processo que levou seis anos porque houve resistência de parlamentares no Paraguai e no Brasil.
O Brasil aprovou a entrada dos venezuelanos ao grupo e, à época da incorporação, os paraguaios estavam suspensos do bloco. No final de agosto do ano passado, quando a Venezuela já fazia parte do Mercosul, o então presidente do Paraguai Federico Franco disse que a decisão tomada, sem a chancela do país, era irregular.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul porque os líderes do bloco concluíram que o processo de destituição do poder do então chefe de Estado paraguaio Fernando Lugo não seguiu os preceitos democráticos.
* Com informações da agência de informação pública do Paraguai
Edição: Carolina Pimentel
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