Da Agência Lusa
Oslo – O Comitê Nobel norueguês prestou hoje (6) homenagem ao ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, considerando-o "um dos maiores nomes da longa história dos prêmios Nobel da Paz". Mandela, que morreu, ontem aos 95 anos, dividiu o Nobel da Paz, em 1993, com o então presidente sul-africano, Frederik De Klerk, pelos esforços na reconciliação após décadas de apartheid (regime segregacionista combatido por Mandela).
"Seu trabalho encerra uma mensagem ainda atual para todos os que têm responsabilidades em conflitos aparentemente insolúveis", ressaltou o Comitê Nobel, em nota à imprensa. "Até os conflitos mais 'amargos' podem ser resolvidos por meios pacíficos", acrescentou a nota.
Em Lisboa, a associação portuguesa SOS Racismo, criada em 1990, agradeceu a Mandela por sua “decisiva contribuição na luta contra o racismo e na afirmação do princípio da igualdade e da dignidade humana”. A SOS Racismo destacou que a luta contra o racismo e a defesa dos direitos humanos perderam uma de suas mais importantes figuras. "Por isso, ficamos hoje mais pobres”, diz comunicado da associação.
Líder da luta contra o apartheid, Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul e governou o país de 1994 e 1999.