EUA anunciam ajuda financeira à Palestina em visita de Kerry

07/11/2013 - 9h05

Da Agência Brasil*

Brasília - Os Estados Unidos anunciaram a concessão de US$ 75 milhões (aproximadamente R$ 170,8 milhões) à Palestina para projetos de infraestrutura. Essa quantia se soma aos US$ 25 milhões (R$ 56,9 milhões) concedidos anteriormente. O anúncio do aporte foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que está no Oriente Médio para uma viagem de nove dias a fim de revisar as negociações de paz entre Israel e Palestina, que se deterioraram depois de os israelenses terem retomado a construção de assentamentos em território palestino. Kerry chegou de Israel, ontem (7), em Belém, na Cisjordânia.

De acordo com o secretário de Estado, os Estados Unidos buscam a solução da crise entre Israel e Palestina com base num acordo bilateral. Ele pediu que ambas as partes acelerem o processo de negociação. Diplomatas americanos deverão se encontrar com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para tentar fazer com que as negociações avancem.

Representantes palestinos argumentam que as negociações não avançaram porque Israel continuou anunciando a construção de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental – áreas palestinas. Eles fizeram manifestações com banners, que traziam a frase: "Morte à solução de dois Estados", em referência ao projeto do estabelecimento de dois Estados, Israel e Palestina, no território em conflito atualmente. Na Faixa de Gaza, o Hamas criticou a visita de Kerry e disse que o secretário não era bem-vindo à Palestina.

Ontem, Jonh Kerry informou que, para os Estados Unidos, os assentamentos israelenses não são legítimos. "Gostaria de enfatizar a posição dos Estados Unidos, que é a de que consideramos agora, assim como sempre consideramos, ilegítimos esses assentamentos", explicou o secretário de Estado, após uma reunião com Mahmoud Abbas, na Cisjordânia. Segundo ele, o presidente palestino demonstrou estar disposto a fazer concessões e assumir compromissos em nome da paz na região.

*Com informações da agência de notícias da China, Xinhua

Edição: Talita Cavalcante