Da Agência Brasil *
Brasília – O enviado especial das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, se encontra hoje (5) com diplomatas dos Estados Unidos e da Rússia para marcar a data da Conferência Genebra 2, que tem por objetivo propor uma solução política e negociada para a crise síria. O encontro dos diplomatas foi confirmado ontem (4) pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Ainda não há data para a conferência, porque a Coligação Nacional Síria (CNS) não confirmou se vai participar. A coligação pede a saída do presidente da Síria, Bashar Al Assad, conforme expressado após encontro do grupo Amigos da Síria, em Londres, no final de outubro. O presidente da CNS, Ahmad Jarba, disse que não vai participar da conferência caso o Irã seja convidado.
As Nações Unidas têm conduzido as tentativas de busca de uma solução política para a crise na região por meio de um processo liderado pela Síria. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai presidir a Genebra 2, que pode ocorrer ainda em novembro. A Liga Árabe, que também media o processo, pediu que a oposição síria participe da conferência e forme sua delegação o mais rápido possível. Os Estados Unidos, a Rússia e a China também apoiam a negociação de uma solução consensual, com a participação de ambas as partes no conflito.
"Precisamos fazer uma pressão para que Genebra 2 seja uma forma de resolver esse derramamento de sangue na Síria, caso contrário, a alternativa será terrível ao povo sírio e à região", disse ontem o porta-voz norte-americano, Jay Carney.
"Uma solução política é a única forma viável de solucionar os problemas da Síria. Em primeiro lugar, é muito importante persuadir as partes envolvidas a sentar à mesa de negociação para a conferência", informou o representante da China na ONU, Liu Jieyi.
A Conferência Genebra 2 deve elaborar um acordo entre o governo da Síria e a oposição para a implementação do Comunicado de Genebra, adotado em junho de 2012, quando foi realizada a primeira reunião internacional sobre o tema. O documento determina os passos para o fim da violência no país e para o estabelecimento de um órgão de transição governamental, com plenos poderes executivos e formado por membros do governo, da oposição e de outros grupos.
* Com informações da agência de notícias da China, Xinhua // Edição: Denise Griesinger
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias, é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil