Da Agência Brasil
Brasília - O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, disse hoje (1º) que espionar é o trabalho dos serviços secretos, mas que a atividade não deve ser feita de forma "cínica". "Não é agradável quando você é espionado. Os líderes estão irritados. Eu os entendo", explicou o chefe de Estado, referindo-se especificamente à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, cujo telefone celular teria sido interceptado pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos.
O presidente da França, François Hollande e o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, também se manifestaram negativamente na última semana quando a imprensa internacional divulgou informações de que o Serviço Secreto norte-americano estaria monitorando as comunicações dos respectivos países. A presidenta brasileira, Dilma Rousseff foi uma das primeiras líderes mundiais a pedir explicações dos Estados Unidos sobre as práticas de espionagem conduzidas pela NSA, quando denúncias feitas também pela imprensa informaram que suas ligações estariam sendo interceptadas.
"A situação pode ser acalmada? Eu acho que é possível. Mas, para ser honesto, nenhuma garantia irá ajudar neste caso. O que você vai dizer? 'Desculpe, não vou fazer mais isso?' ou 'Não vamos grampear suas ligações?'. Ninguém vai acreditar ", disse Medvedev.
Todas essas informações sobre as ações da NSA em relação a diversos líderes mundiais estão no contexto dos documentos vazados pelo ex-consultor contratado para prestar serviços à NSA, Edward Snowden. Nesse intervalo diversos países em articulação têm estudado as possibilidades de regular a espionagem no âmbito internacional.
Com informações da Itar-Tass
Edição: Valéria Aguiar