Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Os comerciantes do terminal de ônibus Parque Dom Pedro II começaram o dia contando prejuízos decorrentes da manifestação de sexta-feira (25), na capital, pela tarifa zero no transporte público. A reportagem da Agência Brasil conversou com lojistas que atuam dentro do terminal e verificou que a maioria teve algum tipo de prejuízo.
Felipe Mascarenhas, gerente de cinco estandes de alimentação dentro do terminal, disse que precisará reparar vitrines quebradas, banners arrancados e pichações. “O prejuízo deve ficar em R$ 900 reais”, estimou.
O gerente informou que duas funcionárias estão com medo de voltar ao trabalho e pensam em pedir demissão. “Foi um terror. Assim que eles [manifestantes] começaram a invadir o terminal, todo mundo começou a baixar as portas”, declarou.
Outros comerciantes, que não se identificaram por medo de represálias, disseram que o prejuízo maior foi por precisarem baixar as portas enquanto a manifestação ocorria, o que prejudicou as vendas. O terminal, que funciona 24 horas, fechou às 20h, na sexta-feira, e só foi reaberto à meia-noite.
Além dos prejuízos para os lojistas, passageiros tiveram de lidar, nesta manhã, com os rastros da destruição deixados pelo protesto. Caixas eletrônicos estavam quebrados e a bilheteria fora de serviço.
Até o fim da manifestação, 92 pessoas foram conduzidas para a delegacia, das quais sete continuam presas. Elas estão na 2ª Delegacia da Polícia Civil e devem ser transferidas amanhã (29). Três menores de idade foram levados para a Fundação Casa.
Além dessas, Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, foi preso em flagrante por associação criminosa e tentativa da homicídio do coronel da Polícia Militar (PM) Reynaldo Simões Rossi. O coronel teve a clavícula quebrada e escoriações na região da face e cabeça, mas já recebeu alta e passa bem. O Movimento Passe Livre, organizador do protesto, divulgou nota informando que não apoia o que aconteceu com o coronel da PM.
Edição: Marcos Chagas
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