Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na porta dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os vendedores ambulantes aproveitaram a movimentação para faturar. Os produtos mais cobiçados são água e canetas esferográficas pretas transparentes, necessárias para fazer a prova.
Marcelo Soares cobrava R$ 2 por unidade. "É o que mais sai", diz. Os chocolates e as balas também saíram bastante, com preços variando de R$ 2 a R$ 5. O vendedor consegue tirar até R$ 300 em dia de concurso, como o Enem. Morador de Samambaia, ele chegou à Escola Marista João Paulo II, no Plano Piloto, centro da capital, às 8h.
"Faço parte de uma rede. Temos barracas montadas em vários locais de prova do Distrito Federal", explica Simone Ianuck, concorrente de Soares, que saiu do Riacho Fundo. Os preços são os mesmos.
Ellen Alessandra de Barros foi uma das compradoras. Com 23 anos, Ellen terminou o ensino médio em 2007 e cursa direito em uma faculdade particular. Agora, quer concorrer a uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni). Ela chegou cedo para ter mais tranquilidade na entrada.
O estudante Felipe do Carmo foi preparado. Em uma sacola, estava com lanche e água. O estudante, de 19 anos, está fazendo o Enem para ter uma chance de ingressar no ensino superior. É o mesmo caso de Francisco Oliveira, de 34 anos. "Agora deu um tempinho no trabalho e eu resolvi estudar", disse o analista em uma rede de supermercado.
Em todo o país, mais de 7,1 milhões farão o exame em 1.161 cidades. No Distrito Federal, estão 315 dos 16.355 locais de prova. Hoje (26), os candidatos terão quatro horas e trinta minutos para fazer o exame. Serão 90 questões de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia) e de ciências da natureza (química, física e biologia). Os gabaritos das provas serão divulgados até o dia 30 de outubro, no endereço www.enem.inep.gov.br.
O serviço de atendimento ao cidadão funcionará no final de semana das 8h às 20h.
Edição: Carolina Pimentel
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