Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O indicador do nível de atividade da indústria da construção subiu de agosto para setembro, de acordo com dados divulgados hoje (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a Sondagem Indústria da Construção, o indicador passou de 47 pontos para 49,7 pontos, no período, em uma escala de 0 a 100 pontos. Resultados acima de 50 indicam crescimento da atividade.
A sondagem também mostra que o nível de atividade efetivo em relação ao usual, embora ainda abaixo da linha de 50 pontos, aumentou de 43,5 pontos, em agosto, para 46 pontos em setembro.
Para a CNI, outro ponto positivo da sondagem é que a capacidade de operação aumentou de 69%, em agosto, para 70% em setembro. "Há sinais de uma tendência de melhora, indicando que o período mais negativo do ano já passou e o fim de 2013 pode voltar a mostrar crescimento na indústria da construção", prevê a CNI.
Apesar dessa perspectiva, a sondagem também mostra que, no terceiro trimestre, os empresários do setor continuaram insatisfeitos com os lucros e a situação financeira e enfrentaram dificuldades com o crédito. O indicador de satisfação com a margem de lucro operacional ficou em 46,3 pontos, o de satisfação com a situação financeira alcançou 48,5 pontos, e o de acesso ao crédito, 41,8 pontos. Os valores abaixo de 50 indicam insatisfação com a situação financeira e com a margem de lucro e dificuldade de acesso ao crédito.
Segundo a CNI, os preços dos insumos e das matérias-primas aumentaram no trimestre. O indicador ficou em 60,4 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, o que mostra aumento.
Mas, para os próximos seis meses, há otimismo dos empresários. Segundo a confederação, todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses ficaram acima dos 50 pontos.
Para o nível de atividade nos próximos seis meses, o indicador aumentou de 54,2 pontos, em setembro, para 56 pontos este mês; o de novos empreendimentos e serviços subiu de 53,8 pontos para 55,9 pontos; o de compras de matérias-primas passou de 54,2 pontos para 54,7 pontos e o de evolução do número de empregados evoluiu de 52,8 pontos para 54,6 pontos.
Edição: Talita Cavalcante
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