Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o corte de pontos dos professores da rede estadual que aderiram à greve da categoria, que já dura mais de dois meses. Para a coordenadora do sindicato, Marta Moraes, a notícia da decisão divulgada ontem à noite (15), Dia do Professor, foi o único motivo de comemoração para a categoria.
“Ontem, fomos às ruas sem motivo para comemorar, para exigir educação pública de qualidade. No Dia do Professor, o que ganhamos dos governos do Rio [prefeitura da cidade e governo do estado] foram ameaças de corte de ponto e demissões, então com essa decisão [do STF] nós nos sentimos respeitados, e foi um grande presente para os profissionais da educação”.
Marta ressaltou que a audiência de conciliação marcada pelo ministro do STF Luiz Fux para a próxima terça-feira (22), na sede da Corte, em Brasília, com a prefeitura, o governo estadual e representantes dos profissionais de educação, será muito importante para pressionar as autoridades a negociarem com a categoria.
“Nossa pauta não é apenas salarial, é principalmente pedagógica. Então, essa audiência de conciliação, esse espaço, é muito importante para buscarmos uma solução, para que a gente possa pautar nossas propostas com relação ao plano de carreira e outros temas. Eles têm que nos ouvir, este é um dos papéis dos governantes”, argumentou ela, ao adiantar que uma assembleia foi marcada para as 14h de hoje no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte, para decidir os rumos da greve.
A Secretaria de Estado de Educação informou, por meio de nota, que só vai se posicionar quando a Procuradoria-Geral do Estado for notificada sobre a decisão do STF. Na Secretaria Municipal de Educação, a informação é que continuará a haver cortes de ponto dos professores faltosos, visto que a decisão da Corte não se refere à prefeitura. Sobre a convocação para a audiência de conciliação do dia 22, a prefeitura informou que ainda não recebeu documento oficial do STF e que, por isso, não se manifestaria a respeito.
Edição: Davi Oliveira
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