Fernanda Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e professores que se uniram numa manifestação durante a noite de ontem (6) entraram em confronto com a Tropa de Choque. Segundo balanço da Polícia Militar divulgado hoje (8), duas mulheres ficaram feridas, uma atingida por uma pedrada na cabeça e outra sofreu escoriações pelo corpo. Seis policiais militares também sofreram ferimentos leves. Nove manifestantes foram conduzidos ao 2º Distrito Policial, por dano ao patrimônio, e foram liberados em seguida.
Pelo balanço da PM, diversas agências bancárias e lojas do centro da cidade foram depredadas. Na Avenida Rio Branco, foram depredadas uma agência bancária do Bradesco, duas do Santander, uma concessionária de veículos, o supermercado Extra e o Hotel Rio Branco. No cruzamento da Avenida Rio Branco com a Avenida Duque de Caxias, uma viatura da Polícia Civil, que estava estacionada, foi virada.
Na Avenida Duque de Caxias, foram depredadas uma agência do Itaú, duas do Santander e uma da Caixa Econômica Federal. Na Avenida Ipiranga, ficaram destruídas uma loja de roupas, duas agências do Santander e dois restaurantes, o Habib's e o McDonald's. A manifestação começou em dois lugares da capital. Alguns alunos se concentraram, por volta das 17h30, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo, região da Avenida Paulista, em solidariedade aos professores do Rio de Janeiro que estão em greve e aos estudantes que ocuparam o prédio da Reitoria da USP na semana passada. No mesmo horário, professores se concentraram na Praça Ramos de Azevedo, no centro.
Por volta das 20h30 os dois grupos se encontraram na região central, somando, de acordo com a PM, 300 manifestantes. Segundo a polícia, integrantes do movimento Black Block se misturaram ao protesto. Às 21h, quando os alunos e professores chegaram à Avenida Ipiranga, na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação, começou o confronto com a Tropa de Choque. Manifestantes colocaram fogo em lixo e atiraram coquetéis molotov e pedras. Os policiais responderam com gás de pimenta. O protesto terminou por volta das 23h30.
Edição: Talita Cavalcante
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