Leandra Felipe*
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - O governo dos Estados Unidos anunciou hoje (1º) que considera eventuais medidas de reciprocidade contra a Venezuela devido à expulsão de três diplomatas americanos de Caracas. “De acordo com a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, os EUA poderão adotar medidas de reciprocidade e estamos considerando o que poderemos fazer”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki.
O diplomata Dave Môo e as diplomatas Elizabeth Hoffman e Kelly Keiderling terão de deixar a Venezuela, após o anúncio da expulsão feito ontem (30), pelo presidente Nicolás Maduro. Hoje, ele apresentou um vídeo com fotografias para provar que os três funcionários participaram de planos de sabotagem energética e econômica contra o país.
"Rejeitamos por completo a alegação do governo venezuelano sobre a participação dos Estados Unidos em qualquer conspiração para desestabilizar a Venezuela, especialmente, as acusações contra os três membros de nossa embaixada em Caracas", disse Psaki.
Maduro insiste na participação dos diplomatas em planos de desestabilização.“Sobram provas para expulsar aos três diplomatas da Embaixada dos Estados Unidos”, declarou o presidente venezuelano. Segundo ele, o vídeo apresenta fotos dos funcionários americanos, deixando a sede de uma organização de “ultradireita em Puerto Ordaz, cidade localizada no estado de Bolívar.
Ao apresentar o vídeo, Maduro disse ter aliados internacionais que respaldam a decisão de expulsar os funcionários norte-americanos. “Muita gente ama esta pátria e a respeita. Muitos nos escutam e nos apoiam, porque acreditam em nosso direito à paz”, destacou.
Maduro também anunciou que na próxima quinta-feira (3) haverá uma reunião extraordinária dos chefes de Estado e de Governo que compõem a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), para analisar as ações “conspiração dos Estados Unidos contra a Venezuela.
A reunião ocorrerá em Cochabamba, Bolívia. Além do presidente Maduro e do anfitrião, Evo Morales, o presidente equatoriano, Rafael Correa, confirmou presença.
Maduro disse ainda que, enquanto o governo dos Estados Unidos não reconhecer a Venezuela como um “Estado soberano”, não haverá relações cordiais.
Edição: Aécio Amado
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