Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A dificuldade de recuperação dos canaviais afetados pela seca e a elevação dos preços dos insumos farão a área colhida de cana-de-açúcar no Nordeste diminuir 8%, informou hoje (26) a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo estudo feito pela entidade, os custos de produção subirão 6% na safra 2013/2014.
De acordo com a CNA, a seca na região no ano passado afetou a produtividade e obrigará os produtores a investir na formação de novos canaviais para recuperar as áreas afetadas pelo clima. Além disso, os produtores terão mais custos com os insumos agrícolas por causa do dólar mais alto.
Segundo o levantamento, os preços dos fertilizantes devem subir 18% nesta safra. Os herbicidas terão elevação de 9%, enquanto os gastos com mão de obra devem aumentar 7%. Necessárias para a recuperação dos canaviais, as mudas ficarão 6,17% mais caras.
A pressão sobre os custos, informa o estudo, terá impacto direto na produção de açúcar e etanol. As usinas com produção de cana própria devem ter um custo total 13% maior nesta safra na comparação com a anterior. Em relação à produção de etanol, os custos totais subirão 15%, enquanto os do açúcar terão alta de 16%. Parte desse aumento deve ser repassada para os preços.
A análise consta do boletim Ativos da Cana-de-Açúcar, produzido pela CNA e pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). Os pesquisadores entrevistaram produtores, donos de usinas, associados de cooperativas e fornecedores de insumos em Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
Edição: Juliana Andrade
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