Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 3 mil professores da rede municipal do Rio, reunidos em assembleia na Avenida Rio Branco, no centro do Rio, decidiram discutir as propostas para o Plano de Cargos e Salários dentro das escolas. Daqui a dois dias haverá novas assembleias para a categoria decidir se faz uma nova greve.
De acordo com o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) na capital, Marcelo Santana, a greve foi suspensa no dia 10 de setembro com a promessa da prefeitura de apresentar uma proposta de plano, elaborada com a participação do sindicato. A proposta da prefeitura foi entregue aos vereadores, que a entregou ao sindicato.
Segundo o Sepe, a proposta de plano não agradou aos professores. Amanhã (18) haverá uma audiência pública na Câmara para o sindicato discutir o plano com os vereadores.
"O governo assinou duas atas colocando o Sepe no grupo de trabalho para a elaboração do Plano de Cargos e Salários da rede municipal, mas ele não cumpriu a ata. Também disse que entregaria a proposta ontem [16] na Câmara de Vereadores, mas nos reunimos com o governo na quinta-feira, dia 12, e a prefeitura disse que não tinha nem o esboço do plano de cargos".
Santana disse que uma nova reunião foi marcada para ontem, quando a prefeitura deveria ter trazido uma proposta de plano para os professores, mas novamente nada foi apresentado. "Ele [o prefeito] descumpriu inclusive um decreto que nos garantiu que a entrega do plano seria no dia 16 de setembro na Câmara de Vereadores. Ele não cumpriu a parte do acordo e a categoria ficou desconfiada".
Hoje foi feita uma paralisação e na sexta-feira os professores da rede municipal param novamente para avaliar o movimento, que mantém o estado de greve. A assembleia também decidiu não fazer reposição dos dias parados enquanto o plano de cargos unificados, envolvendo todos os profissionais da educação, não for aprovado na Câmara.
Neste momento, os professores estão na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) fazendo um ato em solidariedade aos professores da rede estadual, que estão acampados no local.
Edição: Fábio Massalli
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