Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A partir de janeiro do ano vem, o governo do Rio dará subsídio de R$ 76,80, por meio de um cartão, a 30 mil pessoas que necessitam usar fraldas geriátricas. O presidente do Instituto Vital Brasil, Antônio Werneck, que gerencia o Programa Farmácia Popular no estado, explicou que a medida foi adotada para acabar com interrupções no fornecimento de fraldas, ocasionadas por problemas com o fornecedor.
O beneficiário usará um cartão. "O usuário vai ganhar uma senha e poderá comprar até 120 fraldas por mês (quatro fraldas por dia) com abatimento de R$ 76,80 [mensal]”, explicou Werneck. Ele disse que, hoje, o governo compra apenas um tipo de fralda, por cerca de R$ 1, e revende o produto por cerca de R$ 0,25 cada uma. Com a mudança, a pessoa cadastrada terá abatimento de R$ 0,64 para comprar qualquer tipo de fralda.
Na semana passada, faltaram fraldas devido a um problema com o fornecedor. O governo precisou fazer uma compra de emergência. Na próxima terça-feira (17) o fornecimento será regularizado, de acordo com o presidente do Vital Brasil.
Werneck lembrou que os cadastrados poderão acumular benefícios se comprarem as fraldas nas redes credenciadas pelo Programa Aqui Tem Farmácia Popular, do governo federal.
Com a criação da Secretaria de Estado de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida no início desse ano, caberá à pasta gerenciar a logística do cartão, em transição que está sendo iniciada.
Para o secretário da pasta, Marcus Vinicius Ferreira, o programa vai facilitar a vida das pessoas que precisam de fraldas subsidiadas pelo Estado. “Há pessoas que saem de Paraíba do Sul, pegam ônibus intermunicipal, perdem uma hora e meia de viagem para ir a uma farmácia do governo estadual em Petrópolis e a fralda acaba não saindo por R$ 0,25”, comentou. Ferreira ressaltou que o controle dos benefícios será maior e vai ajudar a secretaria a traçar um perfil mais acurado dos consumidores das fraldas, para nortear políticas públicas ao público da maior idade.
O cartão será restrito às farmácias e, caso não sejam feitas compras em um mês, o benefício será acumulado por até três meses. "Depois de três meses sem uso, o cartão é bloqueado e o Estado resgata o dinheiro", explicou o secretário. Segundo ele, o procedimento servirá "para que haja maior controle, caso tenha havido morte ou fim de um tratamento de um transplantado, por exemplo".
Edição: Valéria Aguiar // Alterada às 16h55 para corrigir número de beneficiados - é 30 mil, não 60 mil - pelo cartão e ampliar as informações
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