Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A situação atual e as soluções para a destinação correta do lixo hospitalar foi tema de um debate hoje (12) com representantes da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), no auditório da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
O Inea apresentou a proposta de um novo modelo de gestão que visa a recuperação e o controle ambiental, os estudos e as pesquisas e o fortalecimento institucional e que será implementado em três meses. O objetivo é a modelagem de um sistema de gestão e controle dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). O engenheiro civil Ambiental do Inea, Carlos Eduardo Canejo, explicou que o Inea pretende implantar um sistema de banco de dados para os RSS.
"Um dos objetivos do projeto Fecam [Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano] é consolidar um banco de dados que contenha as necessárias informações qualitativas e quantitativas relacionadas à geração, transporte, tratamento e destino final de RSS no estado do Rio de Janeiro. Também está prevista a proposição de novos marcos normativos para controle de RSS, uma definição de metodologia para a construção de índice de qualidade de tratamento e destinação final dos resíduos de serviços de saúde e a definição e abrangência e sistemática de implantação do sistema", explicou.
Os representantes do Hupe e Into também apresentaram o gerenciamento de resíduos do serviço de saúde dos hospitais e as preocupações do armazenamento e do descarte correto do lixo hospitalar. Segundo o gerente de resíduos do gerente de resíduos do Into, Robson Carlos Monteiro, há uma grande dificuldade para se adequar às regras, mas o hospital está evoluindo e necessita de alguns recursos para dar prosseguimento ao trabalho.
"O hospital ainda encontra dificuldades no processo licitatório, na capacitação e precisa de um maior incentivo do governo e de apoio dos órgãos reguladores em informar as empresas do mercado que estão aptas a prestarem esse tipo serviço", explicou Monteiro.
A responsável pela gerência de resíduos do Hupe, Dalila Passos da Silva, falou da quantidade de lixo produzida diariamente e a preocupação do hospital com o impacto ao meio ambiente. "O Hupe não setoriza a geração diária de resíduos. A quantidade de lixo descartado por dia do Hupe gera 14 mil litros de resíduo comum e 10 mil litros de resíduo biológico. Os nossos resíduos biológicos são tratados por uma empresa terceirizada e, depois do tratamento, é encaminhado para o aterro sanitário. Nós estamos melhorando e, após as adequações estruturais, vamos investir em capacitação", explicou Dalila.
Edição: Fábio Massalli
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