Itamaraty analisa caso de estudante que se autodeclarou afrodescendente em concurso para diplomatas

11/09/2013 - 14h14

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou hoje (11) à Agência Brasil que analisa o caso do estudante Mathias de Souza Lima Abramovic, que passou na primeira fase do processo seletivo do Instituto Rio Branco, que forma diplomatas. Abramovic se autodeclarou afrodescendente e foi selecionado na cota destinada ao grupo. Porém,  a seleção do estudante na cota é alvo de questionamentos no Itamaraty.

Abramovic aparentemente não tem características afrodescendentes: é aloirado com olhos claros. O Itamaraty informou que a definição de afrodescendente não é técnica e baseia-se exclusivamente na declaração do estudante. O edital do processo seletivo também não discrimina os critérios para concorrer como afrodescendente. A cota racial é válida apenas na primeira etapa do concurso, que seleciona os 100 candidatos com maiores notas.

Na primeira fase, as cotas reservam um adicional de dez vagas para afrodescendentes e duas para deficientes, totalizando 112 candidatos que continuarão na disputa. Ao final, apenas 30 ficarão até a última etapa do concurso. O Itamaraty informou que é a primeira vez que ocorre um caso com o de
Abramovic.

O edital especifica que os candidatos afrodescendentes devem autodeclarar a opção no ato da inscrição. Para as pessoas com deficiência, as reservas de vagas vão até a última etapa (são quatro no total) e os candidatos aprovados passam por perícia médica.

Edição: Denise Griesinger
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