Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Parlamento da França debaterá hoje (4) a participação do país em uma intervenção militar liderada pelos Estados Unidos na Síria. Porém, o presidente francês, François Hollande, pode decidir, sem submeter aos parlamentares, apoiar a ação militar. Hollande já se manifestou favorável à intervenção.
O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, e o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, irão à Assembleia Nacional (o equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) e ao Senado para apresentar a posição do governo.
Porém, a oposição pressiona Hollande a submeter à decisão aos parlamentares. "Haverá um debate, sem votação, porque qualquer que seja a hipótese, a decisão final será tomada pelo presidente da República”, disse o primeiro-ministro. Deputados e senadores, da base aliada e da oposição, condenaram a decisão de Hollande.
O governo dos Estados Unidos alega que é necessário reagir aos ataques com armas químicas na Síria, ocorridos no último dia 21. Imagens, divulgadas por organizações não governamentais (ONGs), mostraram que crianças, adolescentes e mulheres foram mortos nos ataques, em um total de mil pessoas. A decisão precisa ser aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, que retorna de recesso no próximo dia 9. A Comissão de Relações Exteriores do Senado já aprovou projeto de resolução que autoriza a ação.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu hoje que pode apoiar a ação militar, desde que a intervenção seja aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Putin defendeu um estudo minucioso sobre o que ocorreu na Síria. Um grupo de peritos das Nações Unidas esteve na Síria para verificar a situação. É aguardado o resultado da perícia pela comunidade internacional.
*Com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina
Edição: Davi Oliveira
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